Mundinho de Malta: 70 anos de idade, 50 anos de rádio
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MundinhoAlves, conhecido em Patos e região como Mundinho de Malta, se tornou uma das figuras mais conhecidas daquela cidade pela sua relação com os programas radiofônicos de Patos e região. Mundinho liga para quase todos os programas jornalísticos de Patos, interage com suas opiniões, diz rapidinho o que quer dizer e sempre finaliza a ligação com a frase: “Vou ficando por aqui, porque rádio é tempo”.

Jovem
Jovem

Mundinho nasceu em Malta no dia 06 de outubro em 1946. Naquela cidade ele foi vereador e criou estreitos laços de amizade com as autoridades locais, inclusive com o saudoso Padre Acácio. “Fui motorista de Padre Acácio e um dia cometi a maluquice de ir para um puteiro usando o carro dele”, graceja.

Mundinho enfrentou muitos problemas com o álcool, vício que só conseguiu abandonar em 1990. Ele e amigos que também enfrentavam o mesmo problema com a bebida, criaram em Malta o grupo “Amor à Vida”, e foi com esses amigos que ele encontrou o apoio necessário para superar o alcoolismo.

Ainda muito novo se interessou pelo rádio. “Meu fascínio pelo rádio começou com meu pai trocando cordão de rádio, dentro da modulagem AM”, disse.

Naquela época (anos 50 e começo dos 60) ele sintonizava as rádios Tamandaré do Recife; BBC de Londres, Nacional do Rio de Janeiro, a Rádio do Vaticano, e a Espinharas de Patos que, segundo ele, não chegava em Malta com qualidade. “A Espinharas só melhorou depois dos anos 60 e aí fiquei fascinado pelo programa de Batista Leitão, Forró do Pé Rapado; e seus personagens, Chica Potoca e outras”, disse.

Com o poeta e ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Limna
Com o poeta e ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima

Mundinho sempre se envolveu na vida social e religiosa da cidade de Malta. Tem uma difusora e nunca se omitiu de dar as suas opiniões sobre os problemas da cidade, muitas vezes desagradando os políticos. “Tenho a língua ferina mesmo. Quando é pra dizer, eu digo. Já fui até ameaçado de morte em outras épocas”, disse.

Há cerca de dois anos ele lançou um livro contando um pouco da sua vida. O livro, segundo ele, foi a realização de um sonho. Mundinho narra sua luta para superar o álcool e conta também um pouco da história de Malta e de figuras conhecidas na cidade. “Plantei árvores; tive filhos, netos e bisnetos; escrevi um livro e criei um cachorro, então eu sou um homem feliz”, comemora.

Segundo ele o Padre Assis sempre o chamava para trabalhar na Rádio Espinharas, mas impunha uma condição: Não beber. “Não tinha como eu não beber. Tudo o que eu ganhava gastava com cachaça”, lembra.

Em Brasília
Em Brasília

Há 50 anos Mundinho acompanha o rádio, inclusive transmitiu, junto com o radialista Luiz Pereira, a inauguração do Hotel JK, nos anos 60, quando anunciou a chegada de Juscelino Kubitscheck, que chegou no evento acompanhado do então prefeito Bivar Olinto.

Hoje, aos 70 anos, continua cada vez mais amando o rádio. Sua voz se faz ouvir em muitas emissoras, de forma que já passou a ser um personagem querido e conhecido dos profissionais da imprensa local e dos ouvintes.

folhapatoense.com

 

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