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Uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgada nesta quinta-feira (6) aponta que, em 66,2% dos casos de câncer de mama, é a própria mulher quem detecta os primeiros sinais da doença.

O estudo foi feito pelo Núcleo de Pesquisa Epidemiológica da Divisão de Pesquisa Populacional do Inca, que entrevistou 405 mulheres que procuraram atendimento devido a câncer de mama pela primeira vez entre junho de 2013 e outubro de 2014 no Rio de Janeiro.

Os principais sinais notados por essas mulheres foram a presença de um caroço (citado por 89,6% das mulheres) dor na mama (20,9%), alterações na pele da mama (7,1%), alterações no mamilo (2,6%), saída de secreção do mamilo (5,6%) e alteração no formato da mama (3,7%).

Em 30,1% dos casos, a doença foi identificada por uma mamografia ou outro exame de imagem e, em 3,7% dos casos, um profissional de saúde detectou a suspeita. O Inca e o Ministério da Saúde lançaram, nesta quinta-feira, uma campanha do Outubro Rosa, movimento de prevenção ao câncer de mama celebrado este mês, chamada “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”. A ideia é divulgar a informação de que todas as mulheres de 50 a 69 anos façam a mamografia a cada dois anos.

Câncer mais comum entre mulheres
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Segundo estimativa do Inca, o Brasil deve ter 57.960 novos casos de câncer de mama em 2016. O câncer de mama também pode atingir homens, mas apenas 1% dos casos da doença correspondem a eles.

Em 2013, último ano com dados disponíveis, 14.388 pessoas morreram de câncer de mama no Brasil, sendo 14.206 mulheres e 181 homens.

Diagnóstico
A realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos é importante para que o câncer seja diagnosticado precocemente.

O autoexame é muito importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas e assim procure rapidamente um médico. Vale lembrar que o autoexame não substitui exames como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biopsia, que podem definir o tipo de câncer e a localização dele.

Tratamento
O câncer de mama tem pelo menos quatro tipos mais comuns e alguns outros mais raros. Por isso, o tratamento não deve ser padrão. Cada tipo de tumor tem um tratamento específico, prescrito pelo médico oncologista. Entre os tratamentos estão a quimioterapia e radioterapia, a terapia alvo e a imunoterapia.

G1

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