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O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba), José Gonçalves, classificou como mais um golpe contra a classe trabalhadora a decisão do STF em praticamente acabar com o direito de greve dos servidores públicos, julgando que apenas quando os gestores municipais, estaduais e o federal atrasar salário é que justifica esse direito de paralisar as atividades e fazer a greve.

O sindicalista lamentou que essa união de forças de direita capitaneada pelo golpista Michel Temer com o apoio da mídia golpista e agora do judiciário levará não apenas o Estado brasileiro ao suicídio, mas, sobretudo a classe trabalhadora.

Os servidores públicos não têm apenas salários, mas outras vantagens, a exemplo da insalubridade, periculosidade, adicional noturno, férias, 13º salário, gratificações de dedicação exclusiva, PASEP, docência, progressões horizontais e verticais, dentre outras e caso os gestores se neguem a pagar, a implantar não podem mais paralisar suas atividades, fazer greve, que terão seu ponto cortado e descontos dos dias parados.

Segundo ele, “Como se não bastasse à ofensiva do Congresso Nacional (Câmara e Senado), o STF está agindo com maior velocidade na retirada de nossos direitos do que propriamente os deputados e senadores e parece que está tudo combinado, ou seja: vocês agem no congresso e nós agimos aqui no STF- Supremo Tribunal Federal e toda matéria que seja para prejudicar os trabalhadores, vamos colocar em votação o mais rápido”, desabafou.

Gonçalves denunciou que os membros do Supremo Tribunal Federal que votaram a favor do corte de salários dos servidores públicos que fizerem greve, seus rendimentos brutos chegam a R$ 33.763,00 e liquido varia de R$ 21.905,87 a R$ 25.347,53 e nunca precisaram fazer greve para aumentar seus salários.

Na opinião do sindicalista se a situação já estava difícil para os prefeitos honrarem os seus compromissos com a possibilidade da greve e sem o corte de ponto e de salários, com essa decisão absurda, eles estarão agora com a faca e o queijo na mão para cometer todo tipo de arbitrariedades com os servidores públicos, especialmente na esfera municipal. “Nunca em tão pouco tempo, sofremos tantas derrotas como do último dia 31 de agosto até o dia 28 de outubro, dia do servidor público, que foram presenteados com essa aberração do STF em nosso País”.

A orientação da CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil é insistir na organização, mobilização e conscientização da classe trabalhadora contra essas atrocidades cometidas contra a classe trabalhadora brasileira. “O momento não é de olhar apenas para nosso município, para coisas pequenas, mas enxergar que a luta nesse momento passa necessariamente pela unidade da classe trabalhadora, independente de categoria, se público ou privado, ampliando com os movimentos sociais, com a juventude, com as mulheres, da cidade e do campo, para barrarmos  esse retrocesso”.

CTB/PB.

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