Apenado
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No último dia 10 de novembro de 2016, um fato causou preocupação dentro do Presídio Procurador Romero Nóbrega, em Patos. Uma arma de uso exclusivo da Polícia Militar, usada também pelos Agentes Penitenciários, sumiu do presídio e o caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil para processo de investigação. O ocorre que até esta quarta-feira, dia 04, a pistola ponto 40 ainda não foi encontrada.

Na época, o delegado Alarico Rocha, que ficou à frente da investigação que visava esclarecer o episódio, achou estranho que uma arma simplesmente tivesse sumido dos Agentes Penitenciários do Presídio Procurador Romero Nóbrega.

A rebelião ocorrida nesta quarta-feira, dia 04, que culminou com a morte dos apenados Darlan Alves dos Santos e Maelson dos Santos Nunes, ambos patoenses, revelou que eles foram mortos a tiros disparados pelos próprios apenados de facções distintas. Outros dois apenados ficaram feridos com tiros.  O sumiço da pistola pode estar intimamente ligado ao fato do assassinato e dos baleados durante a rebelião.

Várias denúncias de corrupção que envolve Agentes Penitenciários e a própria direção do Presídio Procurador Romero Nóbrega levaram a realização de uma operação que envolveu a Polícia Federal, Ministério Público Estadual (MPE) e ainda o Grupo de Operações Especiais e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GEACO), no entanto, até agora, nada foi esclarecido. A documentação apreendida se encontra em poder do MPE.

Nesta quarta, guarnições do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) estavam apostas para invadir o Presídio Procurador Romero Nóbrega tendo em vista o fato estarrecedor evidente, no entanto, informações recebidas pela redação do Patosonline.com dão conta que o Ministério Público Estadual (MPE) teria pedido cautela e impediu a invasão. Um policial que pediu sigilo, relatou a reportagem que fatos estranhos estão ocorrendo dentro do presídio. Um Agente Penitenciário comentou que está trabalhando angustiado, pois apesar de órgãos do Governo do Estado terem conhecimento de absurdos, nada é feito.

Vídeos que já circulam nas redes sociais, e gravados pelos apenados com celulares e também por policiais, mostram momentos de tensão. Em um dos vídeos, um apenado ferido, diz que “é corrupção aqui…tão matando a gente dentro da cadeia”. A rebelião desta quarta-feira pode desencadear uma guerra entre facções criminosas que já corrompeu também alguns funcionários públicos. Agora se sabe que apenados estão com uma arma dentro do Presídio Procurador Romero Nóbrega.

Jozivan Antero – patosonline.com

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