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A jovem Yuli Ramalho procurou a Folha Patoense para denunciar que precisou do SAMU de Patos na última quarta-feira, para levar sua mãe ao Hospital Regional de Patos, e que a solicitação não foi atendida pelo SAMU sob alegação de que, como a mãe dela é obesa, as macas disponíveis não eram adequadas para o transporte, e que ela procurasse a ajuda dos bombeiros.

A moça prestou queixa na Delegacia da Polícia Civil, em Patos, e decidiu levar a denúncia à imprensa:

Confira baixo a denúncia da jovem:

“Há 16 anos minha mãe não anda, é obesa, e tem uma úlcera varicosa na panturrilha esquerda.

Cinco meses atrás esteve internada durante 16 dias com suspeita de tromboembolia pulmonar, foi levada ao hospital na ambulância do SAMU.

Queixa junto à Civil

Só que ao fazer exames de rotina, descobrimos que ela estar com uma infecção urinária, e nos últimos dias o quadro agravou, pois a mesma não urina há três dias, mesmo com a sonda. Todos os médicos que a acompanham falaram que era necessário interná-la, absolutamente todos.

Na noite do dia 04, quarta-feira, liguei para o SAMU, expliquei a situação, estava com os exames em mãos comprovando a bactéria presente na urina, e o médico regulador falou que o quadro estava avançado, mas por não se tratar de urgência/emergência, eu teria que procurar os bombeiros. Assim eu fiz, mas infelizmente todos os veículos estavam indisponíveis. 

Fui à delegacia, falei com o delegado, expliquei o caso e prestei uma queixa. Fui orientada a ir ao SAMU, e pedir novamente. Fui até o SAMU, e lá me falaram que no hospital tinha ambulância disponível para esse tipo de coisa, falaram que infelizmente não dependia deles, e  sim da liberação do médico regulador.

Ao chegar ao Hospital Regional de Patos a assistente social, que foi bastante atenciosa, me explicou que a ambulância do hospital não fazia esse tipo de transporte, e entrou em contato com a equipe do SAMU, a fim de resolver meu problema.

Então começaram a colocar dificuldade por minha mãe ser obesa, e que não teria como transportá-la numa maca comum, etc. Acredito que a pessoa apenas repassou o que o médico regulador ordenou, já que desde o início ele se negou.

Só que aí é onde estar o “X” da questão: há cinco meses minha mãe foi levada ao hospital na maca da ambulância do SAMU, mas na quarta-feira não podia ser trazida devido à falta de uma maca adequada e de “homens”???

Me vi desesperada, entrei em contato novamente com o SAMU, e ele transferiu a ligação para o médico. O médico colocou dificuldade e se negou mais uma vez, então questionei o fato deles não irem até minha casa e analisar o caso da minha mãe. Como afirmar que a maca não podia transportá-la sem ao menos vê-la?

Afinal, minha mãe não veio na ambulância do SAMU por não se tratar de urgência ou por, supostamente, a maca não suportar o peso? E como eles sabem o peso da minha mãe? Custava ao menos ir até minha casa e ver se realmente não teria como transportá-la?

Bem, deixo aqui minha indignação pela falta de humanismo por parte do médico regulador, que não liberou a equipe, por não considerar urgência, e meu agradecimento ao Corpo de Bombeiros, pela atenção e pelo respeito. Pois ao ligar novamente, em prantos, eles encaminharam no mesmo instante a ambulância que tinha acabado de chegar do presídio. E ao chegar à minha residência, não colocaram nenhuma dificuldade, pois viram que realmente tinha como transportá-la.

E, para finalizar, minha mãe foi levada numa maca “comum” e encontra-se internada no Hospital Regional de Patos.

Se não fossem os bombeiros, minha mãe ainda estaria em casa, urinando em média 3 ml por dia.

E se fosse sua mãe? O que você faria?”

Yuli Ramalho

Folha Patoense informa: o espaço está aberto para que o SAMU possa se manifestar a respeito. Nosso email: folhapatoense@gmail.com

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