Compartilhe!

A jovem Yuli Ramalho procurou a Folha Patoense para denunciar que precisou do SAMU de Patos na última quarta-feira, para levar sua mãe ao Hospital Regional de Patos, e que a solicitação não foi atendida pelo SAMU sob alegação de que, como a mãe dela é obesa, as macas disponíveis não eram adequadas para o transporte, e que ela procurasse a ajuda dos bombeiros.

A moça prestou queixa na Delegacia da Polícia Civil, em Patos, e decidiu levar a denúncia à imprensa:

Confira baixo a denúncia da jovem:

“Há 16 anos minha mãe não anda, é obesa, e tem uma úlcera varicosa na panturrilha esquerda.

Cinco meses atrás esteve internada durante 16 dias com suspeita de tromboembolia pulmonar, foi levada ao hospital na ambulância do SAMU.

15826746 1580281715320507 1358927255368966948 n
Queixa junto à Civil

Só que ao fazer exames de rotina, descobrimos que ela estar com uma infecção urinária, e nos últimos dias o quadro agravou, pois a mesma não urina há três dias, mesmo com a sonda. Todos os médicos que a acompanham falaram que era necessário interná-la, absolutamente todos.

Na noite do dia 04, quarta-feira, liguei para o SAMU, expliquei a situação, estava com os exames em mãos comprovando a bactéria presente na urina, e o médico regulador falou que o quadro estava avançado, mas por não se tratar de urgência/emergência, eu teria que procurar os bombeiros. Assim eu fiz, mas infelizmente todos os veículos estavam indisponíveis. 

Fui à delegacia, falei com o delegado, expliquei o caso e prestei uma queixa. Fui orientada a ir ao SAMU, e pedir novamente. Fui até o SAMU, e lá me falaram que no hospital tinha ambulância disponível para esse tipo de coisa, falaram que infelizmente não dependia deles, e  sim da liberação do médico regulador.

Ao chegar ao Hospital Regional de Patos a assistente social, que foi bastante atenciosa, me explicou que a ambulância do hospital não fazia esse tipo de transporte, e entrou em contato com a equipe do SAMU, a fim de resolver meu problema.

Então começaram a colocar dificuldade por minha mãe ser obesa, e que não teria como transportá-la numa maca comum, etc. Acredito que a pessoa apenas repassou o que o médico regulador ordenou, já que desde o início ele se negou.

Só que aí é onde estar o “X” da questão: há cinco meses minha mãe foi levada ao hospital na maca da ambulância do SAMU, mas na quarta-feira não podia ser trazida devido à falta de uma maca adequada e de “homens”???

15871455 1580301805318498 8262519810575531055 n

Me vi desesperada, entrei em contato novamente com o SAMU, e ele transferiu a ligação para o médico. O médico colocou dificuldade e se negou mais uma vez, então questionei o fato deles não irem até minha casa e analisar o caso da minha mãe. Como afirmar que a maca não podia transportá-la sem ao menos vê-la?

Afinal, minha mãe não veio na ambulância do SAMU por não se tratar de urgência ou por, supostamente, a maca não suportar o peso? E como eles sabem o peso da minha mãe? Custava ao menos ir até minha casa e ver se realmente não teria como transportá-la?

Bem, deixo aqui minha indignação pela falta de humanismo por parte do médico regulador, que não liberou a equipe, por não considerar urgência, e meu agradecimento ao Corpo de Bombeiros, pela atenção e pelo respeito. Pois ao ligar novamente, em prantos, eles encaminharam no mesmo instante a ambulância que tinha acabado de chegar do presídio. E ao chegar à minha residência, não colocaram nenhuma dificuldade, pois viram que realmente tinha como transportá-la.

E, para finalizar, minha mãe foi levada numa maca “comum” e encontra-se internada no Hospital Regional de Patos.

Se não fossem os bombeiros, minha mãe ainda estaria em casa, urinando em média 3 ml por dia.

E se fosse sua mãe? O que você faria?”

Yuli Ramalho

Folha Patoense informa: o espaço está aberto para que o SAMU possa se manifestar a respeito. Nosso email: folhapatoense@gmail.com

Deixe seu comentário