Protesto a favor da Lava Jato em Belo Horizonte Divulgação/Vem Pra Rua
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Com movimento abaixo do esperado, segundo a própria organização, manifestantes se reuniram em várias cidades do Brasil para protestar, neste domingo (26), a favor da Operação Lava Jato e contra a impunidade da classe política. Os grupos que organizaram as manifestações são os mesmos que saíram às ruas pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no ano passado e já chegaram a reunião mais de três milhões de pessoas pelo país.

Líderes do Movimento Vem Pra Rua e do MBL (Movimento Brasil Livre), que organizaram os atos, elegeram o Congresso Nacional como principal foco das manifestações. Eles são contra a anistia ao caixa dois, a criação de uma nova fonte de financiamento de campanha, o foro privilegiado e voto em lista fechada (quando o eleitor vota em uma lista de candidatos escolhidos pelo partido). O MBL também defende a fim do estatuto do desarmamento.

“O brasileiro está em processo de cidadania, processo para aprender a abdicar do conforto de casa, de ir para rua manifestar. O processo é de altos e baixos. É assim mesmo”, afirmou Adriana Balthazar, uma das líderes do movimento.

Políticos dos principais partidos brasileiros são alvos dos protestos. Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), Renan Calheiros (PMDB-AL), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Aécio Neves (PSDB-MG) foram criticados nas ruas. Mesmo sem estar na pauta oficial das reivindicações, alguns manifestantes pedem a saída do presidente Michel Temer (PMDB).

Até o momento, nenhuma liderança política e nem o Palácio do Planalto se manifestaram sobre os protestos.

As manifestações foram programadas para 103 cidades no país, de acordo com o Vem Pra Rua. Em São Paulo, a concentração aconteceu na avenida Paulista. Até agora, organizadores e PM não divulgaram estimativa de público.  O ato começou por volta das 14h e terminou antes mesmo das 18h.

“A gente tem que tomar muito cuidado para não medir a manifestação popular pelo número de pessoas que vem às ruas. O número de pessoas nas ruas não é um sinal de que a sociedade não está pressionando a classe política, principalmente, aquela que não quer ouvir”, afirma Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua em São Paulo.

No Rio de Janeiro, os manifestantes começaram a se reunir às 10h, na praia de Copacabana. A Polícia Militar não divulgou uma estimativa de público. Segundo a organização, 2.000 pessoas participaram do ato, que terminou por volta das 13h.

O povo tem que continuar se unindo contra a corrupção, contra os votos em lista. Tem gente falando que a nossa pauta de reivindicações é difusa, mas os problemas do Brasil são difusos”, disse Balthazar.

UOL

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