Geógrafo Francisco Velasquez no galpão que ele está construindo às margens da estrada que dá acesso ao aeródromo de Patos
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18741671 1765953786755127 2001952937 nO geógrafo Francisco Velasquez Solis, salvadorenho que mora em Patos há 40 anos, e que há muito tempo acompanha e se dedica à causa dos catadores de recicláveis em Patos, informou que o galpão de triagem que está sendo construído às margens da estrada que dá acesso ao aeródromo de Patos já está quase pronto. “Só falta a eletricidade para que o galpão comece a funcionar e, para isso, estamos em conversação com o secretário de Meio Ambiente de Patos, Natércio; e com o prefeito Dinaldinho”, informou Velásquez.

O galpão é necessário para o adequado tratamento dos resíduos sólidos, pois é onde ocorre a triagem, a separação dos resíduos recicláveis dos resíduos não recicláveis. O que está sendo construído em Patos atende parte das necessidades do município. Segundo Francisco Velasquez dez catadores trabalharão nele e isso vai reduzir o volume de resíduos que é levado para o lixão de Patos. Para a solução final, para que o serviço possa abarcar todos os resíduos produzidos da cidade, seria necessário se construir outros galpões. “Os galpões propiciam que o que pode ser reciclado volta para o ciclo produtivo e o que não pode ser reciclado, o rejeito, precisa ser levado para um aterro sanitário”, disse o geógrafo.

Patos não dispõe de um aterro sanitário ainda, mas os galpões já seria um grande avanço no tratamento dos resíduos.

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Fossa de evapotranspiração

O galpão construído dispõe de 15 carrinhos da coleta seletiva, doados pelo governo do estado; três prensas, uma doada pelo governo do estado. outra doada pelo Ministério do Trabalho e mais outra doada pelo Guedes Supermercado; um triturador de coco; um elevador de carga e uma balança de uma tonelada.

O galpão que está sendo construído por Francisco Velasquez é fruto de um acordo firmado na Câmara Municipal em 2016, por intermédio da então vereadora Cláudia Leitão. Os catadores receberam da Prefeitura, na gestão de Francisca Motta, um terreno localizado nas proximidade da entrada da estrada que dá acesso a São José de Espinharas. O terreno doado tinha a finalidade da construção do galpão e Francisco fez uma permuta de terrenos e, no acordo, ele entregaria o galpão já construído. E agora, segundo informa, só falta a eletricidade. 

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Uma das três prensas do galpão

 No galpão Francisco Velasquez construiu uma fossa de evapotranspiração e ele explica o que é isso: “É uma fossa sustentável, com base nas ideias da permacultura. Nunca vai precisar de estar retirando os resíduos porque o que ocorre é um processo anaeróbio. Os microrganismos vão trabalhar e se alimentar dos resíduos sólidos, que são as fezes. Na fossa nós colocamos pneus, depois colocamos uma camada de entulhos, outra camada de brita, outra camada de areia e, no final, uma camada de 30 centímetros de terra adubada e depois plantamos bananeiras nas proximidades. Essas bananeiras vão se alimentar da água que vai ser evaporada de baixo pra cima, aí essas bananeiras vão fazer a evapotranspiração, colocando a água no ar. O que é sólidos os microrganismos destroem”.

Francisco Velasquez disse que espera que a Prefeitura possa colaborar no sentido da instalação da eletricidade no galpão para que o trabalho possa ser iniciado. “Não é a solução final para os resíduos do município, mas é uma passo importante”, finalizou.

A presidente da Associação de Catadores de Patos Maria Nilma Gomes disse que não vê a hora desse galpão estar pronto e que será um avanço e um aprendizado para a população e para os próprios catadores. “Peço que o prefeito Dinaldinho visite o galpão para que possa fechar parcerias e ajudar na solução dos problemas”, disse.

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

 

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