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Coleção de moedas do período republicano

Na cidade de Patos um aposentado de 78 anos coleciona moedas, cédulas, embalagens de marcas de cigarro, cartões telefônicos, etc.

Cornélio Ferreira da Cruz é aposentado do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), onde era chefe dos Serviços de Recursos Humanos e atuou nas cidades de Condado, Campina Grande, João Pessoa e no Distrito de São Gonçalo, em Sousa. Embora ele diga que se tornou colecionador como terapia ocupacional, na verdade muitas das suas coleções ele começou na época em que ainda estava na ativa no DNOCS.

Ele é natural de Pombal e há 32  anos reside em Patos. Mora no Bairro do Belo Horizonte, com a esposa Maria Araújo da Silva. Ele tem uma filha de um casamento anterior, que trabalha com telemarketing e há alguns anos reside na Irlanda.

Seu Cornélio é fascinado por genealogia e escreveu cinco livros sobre o assunto. Embora hoje enfrente sérios problemas de visão continua escrevendo, fazendo uso de lupas e com a ajuda da esposa.

Ele publicou os livros “Condado-PB, 70 de História”; “Laços Genealógicos da Família de João da Cruz”; “Famílias do Sertão Paraibano”, “Família Formiga” e “Insignes em Patos”. Está trabalhando um novo livro no momento, dessa vez sobre a Família Freitas, da cidade de Malta.

Coleção de cartões telefônicos

Apesar de já não enxergar bem, alguns dos seus livros impressionam pelo tamanho. Ele tem obras com mais de 800 páginas.

De todas as coisas que coleciona a que ele se dedica com mais paixão é a coleção de moedas. Numismata desde muito jovem, seu Cornélio Ferreira tem um exemplar de todas as diferentes moedas cunhadas em todo o período republicano do Brasil. Ele também tem exemplares de todas as cédulas de todas as moedas vigentes atualmente no mundo. “Tenho cédulas de todos os países do mundo”, diz ele.

O aposentado é fascinado pela história do dinheiro, sempre comprou livros sobre o assunto e até começou a fazer o curso superior em Economia, mas parou pelo caminho.

Além das coleções de cédulas, moedas, cartões telefônicas, embalagens de marcas de cigarro, ele já colecionou outras coisas também, a exemplo de espingardas, uma coleção que ele cultuou por uns tempos, mas acabou se desfazendo dela depois.

Versátil, Seu Cornélio também foi seresteiro em Patos. Dedilhava seu violão e se apresentava cantando Nelson Gonçalves e outros artistas de “velha guarda” na noite patoense.

Em seu escritório com um dos tomos de sua coleção de cédulas

Em um dos seus livros ele, “Insignes em Patos”, o escritor fornece informações sobre nomes de pessoas que denominam determinadas ruas na cidade. Ele vê uma rua chamada “Pedro Felix”, daí vai atrás de informações de quem foi “Pedro Felix”. O propósito do livro foi justamente esse, e ele disse que continua fazendo anotações, o tempo todo, para, se puder, lançar uma nova edição desse livro, uma edição ainda mais robusta, com mais informações sobre as personalidades cujos nomes denominam ruas em nossa cidade.

Nos seus estudos de genealogia o escritor Cornélio Ferreira da Cruz foi longe ao buscar seus antepassados. “Fui até a nova geração da minha família, antes da minha, ou seja, incluído a minha geração, a árvore genealógica que eu fiz abarca dez gerações”, diz ele.

O amor pela genealogia, a história da família, ele diz que herdou do pai, e diz que se a saúde permitir ainda vai escrever bastante sobre a histórias da famílias sertanejas, notadamente as família de Pombal e Condado e Malta, onde ele tem fortes laços familiares e muitas amizades.

Contatos com o autor podem ser feitos pelo telefone 99995-1847 ou pelo email cofecruz@ig.com.br.

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

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