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lixão
No lixão de Patos, onde sempre realizou um trabalho junto aos catadores

Seu nome é Nelson Takayoshi Tamashiro, tem 60 anos, nasceu em São Paulo, filho de pais japoneses, e aos 18 anos foi morar em Okinawa, no Japão, onde se formou em Bioquímica e se tornou especialista em lactobacilos, uma técnica que consiste em utilizar os micro-organismos, as chamadas “bactérias do bem”, para se conseguir efeitos positivos no combate às doenças e na fabricação de produtos que eliminem o mau cheiro, tirem as impurezas dos rios etc.

Tamashiro tem sete irmãos, cinco moram em São Paulo e duas irmãs moram no Japão. Tem uma vasta experiência profissional e já trabalhou no Irã e no Iraque, países em que ele atuou na construção civil, como assistente de engenheiro. Ele também trabalhou uma temporada na Austrália.

Em 1989 Nelson esteve em Fortaleza participando de um congresso e conheceu a patoense técnica em enfermagem Regina, com quem ficou se comunicando por carta e por telefone por uns tempos. Eles se casaram em 1990 e ela foi morar com ele no Japão. O casal tem um filho de 18 anos, um jovem fascinado por Computação.

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Participando de audiência pública sobre a construção de um aterro sanitário em Patos

Em 2005, depois de 30 anos morando no Japão, Nelson Tamashiro voltou a morar no Brasil, em Recife, onde trabalhava desenvolvendo produtos para eliminação de odores.

Ele fala português e japonês com fluência. Deixou casa, carro e trator em Okinawa, mas disse que ainda tem como projeto de vida voltar a morar no Japão. “Está tudo lá me esperando e eu ainda hei de voltar a morar lá”, disse.

Em 2010 a esposa Regina Tamashiro precisou voltar a morar em Patos para cuidar dos pais doentes e eles se estabeleceram aqui. Em Patos ele trabalhou como bioquímico na indústria Quasar, presta assessoria para várias empresas, a exemplo da Quatro Rodas, e é funcionário comissionado da Secretaria de Meio Ambiente, onde atua como técnico.

De todos os produtos desenvolvidos por ele o que se tornou mais conhecido é o “Eliminador de Odores”, que ele fabrica e comercializa. Durante um tempo a direção do Matadouro Público de Patos utilizou desse produto fabricado por ele para evitar o odor forte tão reclamado pela população do entorno. O produto tira o mau cheiro de fezes, sangue, esgotos etc.

Nelson tem projetos para trabalhar com compostagem em Patos, mas o que falta é apoio para que esses projetos sejam tocados.

Ele disse que com cocos ele faria xaxim e ração para a suinocultura, a ovinocultura e a piscicultura; e com sangue dos animais abatidos no Matadouro ele faria farinha, que serviria de ração também para a suinocultura e a piscicultura.

O japonês desenvolve projetos também na área ambiental e pretende criar uma empresa de consultoria em Patos. Sua experiência no Japão, um país conhecido pelo trabalho, a eficiência e os cuidados com os resíduos sólidos, pode ajudar muito a cidade de Patos, mas para isso falta vontade dos poderes públicos.

Contatos com ele podem ser feitos pelo email nttamashiro@hotmail.com e pelo telefone (83) 99966-2385.

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

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