Foto: arquivo/Folha Patoense
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Dos 223 municípios da Paraíba, 160 deles (71,7%) tiveram o registro de chuvas no mês de janeiro. As cidades com os maiores registros de chuvas neste mês ficam no Sertão paraibano. Entre elas, a maior precipitação foi em Itaporanga, no Alto Sertão paraibano, registrando 305,7 mm de chuva, para uma média pluviométrica em janeiro de 83 mm, isso representa chuva 268,3% acima da média.

A segunda cidade que mais teve registro de chuvas em janeiro de 2018 na Paraíba foi Carrapateira, também no Sertão do estado. Choveu 217 mm no município entre os dias 01 e 31 de janeiro. A média histórica de chuvas para o município é de 120 mm em janeiro de acordo com o portal Climate data.org, isso representa chuva 81% acima da média em janeiro

A terceira cidade que mais teve chuvas em janeiro deste ano foi Cajazeirinhas, também no Sertão, que teve 155 mm de chuvas em todo o mês de janeiro. A médica histórica é de 90 mm em janeiro, isso representa chuva 72% acima da média em janeiro.

Além destas três cidades, Alhandra (150,9 mm), Serraria (150,4 mm), Curral Velho (149 mm), Serra Grande (183,3 mm), São José de Piranhas, (136,8 mm), Mari (134,8 mm) e Condado (133 mm), completam a lista das 10 cidades com os maiores volumes registrados.

Triunfo teve o pior índice. No mês de janeiro a média de chuva esperada é de 90,2mm. Entretanto, neste janeiro de 2018 só choveu 5mm no município, ou seja 94,5% abaixo da média esperada.

Chuvas nas três maiores cidades do semiárido da Paraíba:

De acordo com a Embrapa, choveu 70 mm em Patos em janeiro, para uma média pluviométrica de 66 mm, o que representa chuva dentro da normalidade, em Sousa de acordo com a Emater local choveu 78 mm, para uma média pluviométrica no referido mês de 80 mm, chuva também próxima da média. Já em Cajazeiras, choveu 82 mm, para uma média pluviométrica de 100 mm no citado mês, isso representa chuva 18% abaixo da média em janeiro.

Na zona rural de Patos, setor norte do município, mais precisamente na fazenda Trapiá choveu apenas 37 mm em janeiro, e nas fazendas próximas a pastagem nem nasceu, e os barreiros ainda não armazenaram água com as chuvas de janeiro.

Esse dados confirmam as previsões feitas pelo físico, meteorologista e mestre em Meteorologia Rodrigo Cézar Limeira, de muita irregularidade na distribuição espacial das chuvas em janeiro, em um cenário que daria continuidade a crise hídrica na maioria dos grandes açudes do semiárido do Estado no mencionado mês.

Rodrigo Cézar Limeira – Portal Ciencia em Foco

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