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2 18Muitos o chamam de “Doido”. Ele não liga, diz que já se acostumou.

É comum vê-lo vendendo leite nas ruas do Monte Castelo e do Santo Antônio em Patos, com seu indefectível chapéu de palha. “Eu já fui ajudante de pedreiro, trabalhei vendendo picolé, arranco toco, limpo mato. Hoje vendo leite, mas  faço tudo”, diz ele.

Seu nome é João Batista dos Santos, tem 58 anos, diz ser natural de Quixaba e residir em Patos há 30 anos.

Ele diz que tem três filhas. Duas são casadas e moram em Patos e a outra é missionária religiosa na África. Também diz que tem irmãos em Patos, mas não tem muitos contatos com eles.

“Doido” diz que sua vida mudou desde que sua mulher o deixou há mais de 20 anos. “Minha mulher me deixou, foi morar em Imaculada, mas até hoje me lembro dela”, diz ele.

João trabalha numa bicicleta, diz sentir dores na coluna, mas tem que trabalhar porque a aposentadoria que recebe não é suficiente para pagar as contas. Ele recebe aposentadoria desde que caiu do quarto andar de um prédio trabalhando com ajudante de pedreiro. Ficou com problemas motores em decorrência da queda.

Mora no Monte Castelo, no local conhecido como “Vapor”, e está com dificuldade de se comunicar, repetindo muito o que diz e às vezes dando a entender que já não escuta bem. “Ele é uma boa pessoa, apesar das dificuldades ninguém o vê se lamentando de nada”, diz sua cliente Dona Maria José, moradora do Monte Castelo.

 

Folha Patoense – flhapatoense@gmail.com

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