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A profissão de mototaxista requer muita disposição. Acordar cedo e “pegar um dia puxado” debaixo do sol causticante de Patos para levar passageiros de um lugar a outro da cidade, não deve ser fácil. Além disso esses profissionais são vulneráveis aos diversos riscos do cotidiano, como acidentes e assaltos.

Conversamos com seis deles para saber deles como é o trabalho deles hoje e o que dá para ganhar nessa profissão. É através deste trabalho que diversos pais de família buscam o sustento dos seus filhos.

O mototaxista Bertônio dos Santos Lima, de 39 anos, é casado e pai de três filhos. Exerceu a função entre 2004 e 2007, mas retornou em 2016. Trabalha na Praça do Jatobá, próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).  Segundo ele a profissão já foi melhor. “Atualmente está difícil. Antes era bem melhor, tínhamos dias de excelente movimento. Hoje tá fraco”, disse.

O mototaxista Marcos Antônio dos Santos Nunes, de 49 anos, é separado e pai de dois filhos. Exerce a função há dez anos na Praça 25, no bairro Salgadinho. Ele também diz que a profissão já foi melhor e que quase todo mundo hoje tem transporte. “Trabalho de 5h45min até às 18 horas e faço menos de um salário mínimo por mês. Quando tem festa eu trabalho até tarde da noite”, relatou Marcos Antônio.

Emanoel Fernando, de 32 anos, é casado e pai de dois filhos. Está na profissão há oito anos e atua na Praça do Hospital Regional de Patos. “Já foi melhor. Já não vejo tantos clandestinos como antes, mas não precisa porque hoje todo mundo tem alvarás”, critica. Por mês ele consegue uma média de 2.300 reais, às vezes até mais, sendo que diariamente consegue apurar entre 70 e 80 reais.

Manoel Messias, de 53 anos, é casado e pai de três filhos. Além de mototaxista, também é motorista de caminhão. Trabalha na Praça da Oficina Ok, das 19 até às 20 horas, de segunda-feira a sábado. “No início era bom, mas hoje tá fraco”, diz ele, que ganha em média um salário mínimo por mês.

Alexsandro Nóbrega Fernando, conhecido por Alex, de 38 anos, é separado e tem um filho. Antes de ser mototaxista foi comerciário. Atua também na Praça da Oficina Ok, das 7 horas da manhã até às 20 horas, sempre de segunda a sábado (exceto domingos e feriados). “Faço diariamente uma média de 100, 120 reais, mas tenho que dar duro o dia todo”, disse.

Carlos Alberto Medeiros, de 42 anos, é casado e tem dois filhos. Está há mais de dez anos no ramo de mototaxista  e atua na praça que fica próximo ao Teatro Municipal de Patos, na Rua Felizardo Leite. “Trabalho das 8 às 17 horas. Já foi melhor, mas viver de moto sempre foi difícil e não é suficiente para pagar as contas, por isso tenho outra renda”, finalizou.

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

 

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