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Médico Guilherme Carvalho com a pequena Esther

A professora patoense Zoriane Delfino da Silva, de 34 anos, casada há 16 anos com o funcionário público Stênio Medeiros Wanderley, acalentava um sonho: voltar a ter um filho.

Moradora do Luar de Angelita, em Patos, ela tem um filho de 15 anos e em 2016 engravidou do segundo filho e perdeu a criança no quarto mês de gestação em decorrência de uma trombofilia, doença que faz com que a pessoa tenha mais facilidade de formar coágulos de sangue e faz aumentar o risco de complicações como trombose, embolia ou AVC. Mulheres com trombofilia têm extrema dificuldade de manter a gravidez, apresentam inflamação nas pernas problemas respiratórios e inchaço. “A trombofilia não impede a mulher de engravidar, mas dificulta a permanência da gravidez e o tratamento é muito caro”, disse Zoriane.

Zoriane Delfino não desanimou. Queria voltar a ser mãe, engravidou e buscou os caminhos através da Medicina, sendo acompanhada pelo médico sousense Guilherme Carvalho, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana. Quando soube que estava grávida ela comprou as 70 primeiras unidades da injeção de 40 miligramas que precisava tomar diariamente para manter a gravidez. O preço da injeção era salgado: R$ 45,00. E a necessidade era de tomar uma por dia.

Enquanto tomava as primeiras injeções compradas, ela acionou o Ministério Público para que ele determinasse que a Sexta Região de Saúde e a Secretaria de Saúde de Patos  disponibilizassem as demais injeções.

Família feliz com a chegada do bebê.

O Ministério Público determinou que a Secretaria de Saúde e o estado disponibilizassem as injeções e, cada um por sua vez, ela conseguiu todas, e passou a tomar uma por dia desde o momento em que soube que estava grávida. Se não tomasse essas injeções, ela perderia o bebê.

E assim, uma vez por dia, sem falhar, a professora Zoriane aplicava em si mesma, na barriga, uma injeção. Foram mais de 300 injeções.

O final foi feliz.  A menina Esther Delfino Medeiros Wanderley nasceu saudável no dia dois de maio, trazendo muita alegria para o casal e a família.

Segundo Zoriane Delfino recentemente saiu uma decisão judicial determinando que os órgãos de saúde disponibilizassem essas injeções para todas as mães que sofrem da mesma doença.  “A injeção é cara, as mães não têm condições de pagar e sem o apoio dos órgãos de saúde a maioria dos casais não tem condições de manter o tratamento”, disse Zoriane.

Mesmo após o nascimento da criança ela ainda está tomando as injeções. “Enquanto se está grávida a injeção é para proteger a criança e depois da gravidez é para proteger a mãe, por isso ainda tenho algumas injeções a tomar diariamente” disse ela.

Realizado o sonho de voltar a ter um bebê, Zoriane e seu esposo estão curtindo agora o bebê, felizes da vida. “O esforço valeu a pena, graças a Deus, é uma alegria ver o nosso bebê e quero agradecer a Deus por tudo e ao médico Guilherme Carvalho, que me assistiu durante toda a minha gravidez”, finalizou.

 

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

 

 

 

 

 

 

 

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