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O Quadro Paraíba Rural de hoje (quarta-feira, 13/06) esteve na zona rural de Cajazeirinhas, na Região de Pombal, para mostrar a alegria do sertanejo que volta a colher algodão depois de quase 20 anos sem investir nessa cultura. Na década de 80 a praga do bicudo acabou com as lavouras e a falta de chuvas obrigou os agricultores a abandonar o plantio do algodão. Mas em 2018 o município teve chuvas acima da média e os agricultores viram a chance de voltar com a plantação. O Projeto Algodão Paraíba conta com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) e parcerias com as prefeituras para incentivar o retorno dessa cultura. A princípio cinco agricultores de Cajazeirinhas aceitaram participar.

Francisco Pedro de Almeida foi um deles: ganhou o corte de terra e plantou um pouco mais de meio hectare pra fazer uma experiência com o algodão BRS 286, uma variedade resistente e desenvolvida na EMBRAPA de Campina Grande. “Quero continuar e vamos na luta. Eu quero aumentar. Fiz esse pedaço aqui, é pouco, mas aí quero aumentar cada vez mais pra gente conduzir porque a vida da gente é isso aqui”, disse o agricultor Francisco Pedro de Almeida, conhecido por Seu Chico

Os agricultores recebem visitas técnica de extensionistas da EMATER que orientam sobre os cuidados desde o plantio das sementes até o período da colheita. Seu Francisco plantou no fim de fevereiro. Com pouco mais de três meses o algodoeiro que não recebeu nenhum agrotóxico já está cheio de plumas. “O Projeto Algodão Paraíba é destinado para a agricultura familiar, então as áreas de um a dois hectares, no máximo, é pra gente trabalhar o agricultor e sua familiar, porque se for pagar a mão de obra não dar certo. Temos que envolver toda a família no processo do plantio até a colheita”, frisou o extensionista da EMATER Zildo Vicente.

Essa semana Seu Chico iniciou a colheita. Cada quilo de algodão é vendido por R$ 2,40 e ele está animado porque antes mesmo da colheita acabar, o agricultor já tem comprador certo para o produto. “Quando o agricultor recebe a semente ele também já assinar um contrato com a empresa que vai comprar o algodão, que é um algodão de base de transição agroecológica, por isso que ele não utiliza nada de agrotóxico e nem de adubo químico.”, finalizou Zildo.

O projeto piloto se baseia na agricultura familiar. Como as áreas plantadas não ultrapassam dois hectares, o dono da terra e os membros da família participam do processo desde a plantação até a colheita.

TV Cabo Branco  e G1 PB

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