Foto: arquivo pessoal
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A Polícia Civil indiciou dois homens, nesta sexta-feira, 29, pela morte de uma mulher que estava desaparecida desde a última quarta-feira (27), em Patos.

O corpo de Valéria Ribeiro foi encontrado em avançado estado de decomposição, nesta sexta, no Sítio Martins, município de Patos, próximo ao Bairro das Sete Casas, após diligências realizadas pela polícia civil.

Segundo o delegado George Wellington, Valéria foi morta pelo companheiro, Kelvin, natural de Campina Grande, depois de uma discussão iniciada na segunda-feira onde a vítima teria tentado agredir seu companheiro e, em ação dele por meio de uma gravata, a mulher acabou morrendo. Após matar a companheira por enforcamento, Kelvin ocultou o cadáver juntamente com o seu tio Alan em uma área afastada da zona urbana, onde o corpo dela foi enterrado.

“Durante a discussão, Valéria foi ao encontro de Kelvin para desferir um tapa no rosto do mesmo, ocasião em que o mesmo se esquivou, agarrou ela por trás e deu a famosa ‘gravata’ na companheira e, segundo ele, ele usou excesso da força em razão da raiva que ficou pelo calor da discussão. Somente com um golpe Valéria desfaleceu”, contou o delegado após depoimento de Kelvin na delegacia de polícia civil nesta noite de sexta.

Em uma ação da polícia, Kelvin acabou sendo preso e confessou a autoria do crime de feminicídio, onde, em seguida, apontou o local onde o cadáver se encontrava. Ele também revelou que o seu tio foi quem protagonizou a ocultação do cadáver sugerindo o local, emprestando a carroça de burro e um tonel para que o corpo de Valéria fosse retirado de dentro do apartamento onde o casal residia, próximo a ponte do Juá Doce.

Ainda de acordo com informações de George Wellington, a polícia começou a desconfiar da autoria do crime, pois, o casal tem uma filha de 05 anos de idade e que não é natural uma mãe ir embora e deixar um filho para trás.

“A polícia já desconfiava que Valéria poderia ter sido assassinada pelo mesmo até pelas contradições pelas quais o Kelvin versou. Então a partir daí, nós diligenciamos no sentido de com o que o Ministério Público e o Poder Judiciário compreenderam o pleito da polícia judiciária”, disse o delegado.

A Polícia Civil de Campina Grande foi quem recebeu a denúncia do desaparecimento de Valéria Ribeiro, na quarta, por volta das 12h, pelos seus familiares. O delegado ainda informou que apesar de ter dito que teria se arrependido do crime, kelvin, que trabalhava em uma empresa de instalação de internet, se mostrou uma pessoa fria.

O local onde o corpo de Valéria foi localizado é distante 6km da localidade onde a mãe do acusado reside, no Sítio Mucambo do Meio, zona rural de Patos.

A polícia também está investigando se houve, no crime, a participação a amante de kelvin, uma vez que ele deixou a filha de cinco anos de idade sob os cuidados da mulher. Ela chegou a dá depoimento nesta sexta na delegacia, mas, foi liberada, uma vez que contribuiu para o desfecho desse caso e se mostrou desconhecedora dos crimes. Porém, a polícia a coloca na situação de suspeita.

“A Karine foi ouvida aqui na delegacia na tarde de hoje e revelou toda a verdade dos fatos que e que colaborou, sobremaneira, para a elucidação do caso… a princípio, ela está sendo investigada na condição de apenas suspeita”, afirmou.

Alan foi indiciado pela participação na ocultação do cadáver. Segundo delegado George Wellington, a pena prevista é de um a três anos de prisão. No caso de Kelvin, ele responderá pelo crime de feminicídio agravado devido à ocultação, com pena máxima de até trinta anos de prisão. O corpo de Valéria foi enviado para o IML de Campina Grande.

Neste sábado, 30, a polícia civil ainda concederá coletiva para dá maiores detalhes deste caso.

 

Acilene Candeia – Patos Verdade

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