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O PSDB confirmou neste sábado (4), em convenção nacional realizada em Brasília, a escolha de Geraldo Alckmin, 65 anos, como candidato na disputa à Presidência da República.

Atual presidente nacional do partido, o ex-governador de São Paulo foi escolhido pelos filiados que participaram do evento. Dos 290 votantes, 288 aprovaram o nome de Alckmin. Um filiado não votou a favor do ex-governador e outro se absteve.

Em seu primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que aceitava a indicação com “humildade e senso de responsabilidade”.

Ele afirmou que o país passa por um momento grave, citou o desemprego e a corrupção, e disse que “não há tempo a perder”.

“Aceito ser candidato à Presidencia da República. Sou candidato para buscar um mandato que pode ser resumido em uma frase: Vamos mudar o Brasil e devolver aos brasileiros a dignidade que lhes foi roubada”, discursou Alckmin.

O candidato disse ainda que, em um eventual governo, pretende unir o país. Ele criticou quem usa “o ódio como combustível de manipulação eleitoral”.

“Não podemos nos dividir, porque uma nação dividida não multiplica empregos, saúde, educação, segurança. Um país dividido não multiplica felicidade. Quero ser presidente para unir o país”, afirmou.

A candidata a vice na chapa, senadora Ana Amélia (PP-RS), participou do evento ao lado de Alckmin.

A expectativa do PSDB é que a parlamentar melhore o desempenho do candidato na região Sul e no setor do agronegócio, no qual ela tem bom trânsito. A escolha de uma mulher para vice representa ainda um aceno ao eleitorado feminino.

Em discurso na convenção, Ana Amélia afirmou que será “absolutamente leal” a Alckmin. A senadora disse que a população quer um “governo austero” e citou, como exemplo de conduta, o fato de não usar auxílio-moradia a que tem direito como parlamentar.

“Nunca usei auxílio-moradia, porque moro na minha casa. É isso que o contribuinte brasileiro quer, um governo austero, um governo cuidadoso”, disse a senadora.

Presidente de honra do PSDB, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou que o país perdeu a confiança na classe política e que Alckmin e Ana Amélia “têm uma responsabilidade histórica” em resgatá-la.

“Há momentos em que as decisões são cruciais, e vocês foram escolhidos para expressar esse momento”, disse. “O vento da história passa por eles, os nossos candidatos”, acrescentou o ex-presidente.

Alckmin fechou aliança com partidos do chamado “Centrão” (DEM, PP, PR, PRB e SD), além de outras três legendas: PTB, PSD e PPS. Segundo o primeiro-vice-presidente do PSDB e coordenador da campanha, Marconi Perillo, os apoios garantirão 45% do tempo de televisão ao candidato tucano.

Propostas

Entre as propostas que apresentou durante o discurso, o candidato do PSDB manifestou intenção de:

Diminuir o tamanho do Estado e melhorar a eficiência dos serviços públicos;

desburocratizar a máquina pública;

simplificar o sistema tributário;

apoiar a realização de uma reforma política, com a redução de partidos;

combater a corrupção.

Trajetória

A eleição presidencial deste ano será a segunda tentativa de Alckmin de chegar ao Palácio do Planalto. Ele foi ao segundo turno em 2006, mas perdeu para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nascido em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, e formado em medicina. Foi eleito para o primeiro mandato como político em 1976, para a prefeitura de sua cidade natal.

Foi deputado estadual (de 1982 a 1986) e depois deputado federal por dois mandatos consecutivos (de 1986 a 1994).

Foi vice-governador de São Paulo, de 1994 a 2001. Com a morte do então governador Mario Covas, em 2001, assumiu o governo do estado. Foi reeleito governador em outubro de 2002.

Em 2006, disputou a Presidência da República e perdeu no segundo turno para o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Alckmin recebeu 39,9 milhões de votos.

Em 2010, Alckmin foi eleito novamente governador de São Paulo e reeleito em 2014 para um novo mandato.

G1

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