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Depois de toda repercussão do caso do morador de rua que ficou conhecido em Patos como João de Deus, e depois que ele revelou ser de Alagoas, sites daquele estado deram destaque ao fato para tentar chegar até seus familiares. A matéria abaixo foi publicada no site Aqui Acontece, da cidade de Penedo: 

Internado na Paraíba, penedense com pouca memória procura por familiares da cidade ribeirinha

“João de Deus” foi o nome dado carinhosamente à um homem que perambulava pelas ruas da cidade de Patos, na Paraíba. Após ter sido levado por populares para um hospital do município devido a uma lesão no órgão genital, o homem, com pouca memória, revelou ser de Alagoas.

Segundo a assessoria do Complexo Hospitalar Regional Dep. Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC), onde ele está internado, Adriano Teixeira Lima é seu nome verdadeiro. Sem muitas lembranças, o alagoano diz ter trabalhado na usina Caeté, em São Miguel dos Campos, cortando cana-de-açúcar.

Sobre seus familiares, o homem disse que tem três irmãos. Ele e os demais são naturais de Penedo. Sua mãe, Maria Tereza da Conceição, faleceu em um parto.

Ainda de acordo com o hospital, mesmo com alta médica Adriano Teixeira Lima permanece na enfermaria de isolamento da unidade. Além de não ter para onde ir, há uma ordem judicial endereçada a direção da unidade, obrigando-a a acolher o paciente sob pena de pagamento de multa e outras implicações.

A diretora do Hospital, Liliane Sena, encaminhou o ofício da Justiça ao setor jurídico da unidade e aguarda orientação para proceder. “O fato é que todos nós estamos sensibilizados e tentando ajudá-lo, mas, é preocupante ele ter que permanecer aqui no hospital, sem ter mais necessidade de cuidados médicos intensivos e hospitalares, apenas porque não tem para onde ir. Isso o coloca em risco, porque o ambiente hospitalar predispõe quem está nele há uma série de riscos”, destaca Liliane.

Ainda segundo Liliane, foi identificado que o paciente também tem algum tipo de transtorno mental e que precisa de tratamento psiquiátrico, mas, a unidade não disponibiliza esse tipo de serviço. “Falta no olhar dele o brilho que a gente encontra em pessoas felizes, mas, no fundo há um suplica por ajuda, por isso, tenho insistido em ajudá-lo, fazer minha parte como ser humano, em estar presente, dando carinho, cuidado e atenção. Assumi essa missão e vou tentar encontrar, junto com meu advogado, alguém ou algum elo que o reconheça e possa resgatar nele a dignidade que todos devemos ter a começar por uma coisa básica que são os próprios documento, identidade e referenciais”, afirma.

Quem tiver informações que possam levar ao paradeiro dos familiares de Adriano Teixeira pode entrar em contato com o número (83) 3421-4288.

aquiacontece.com.br

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