NOTA DE ESCLARECIMENTO
Quero agradecer a Deus, por que em sua palavra está escrito: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” 1 Tessalonicenses 5:18.
Quero agradecer todas as mensagens de apoio recebidas nos últimos dias. Neste momento, quero informar a sociedade patoense que pedi ontem à tarde, minha exoneração do Cargo de Superintendente da STTrans ao Prefeito Bonifácio Rocha. De modo, que também agradeço a sua confiança e o empenho em conseguir minha cessão através do Governador Ricardo Coutinho aquele órgão municipal de trânsito.
Logo percebi que a conjuntura atual do órgão inviabilizava o alcance de minhas metas planejadas para três meses de cessão. Metas de transparência, defesa da vida, educação continuada e segurança viária estariam seriamente comprometidas, seja pela dificuldade de implantação ou seja pela atmosfera política que pulsa fortemente nas entranhas da Sttrans.
E por outro lado, a demanda administrativa da Sttrans, não me permitiria tempo hábil necessário para auditar todos os contratos e licitações conclusos, que estão em andamento e em vigência. Esse tempo seria crucial para abrir a tão famosa “Caixa Preta”.
Como um profissional técnico, pós graduado em gestão, educação de trânsito e segurança viária, e levando uma bagagem nas costas de mais de 20 anos de estrada dentro da Polícia Militar, fiz um planejando na expectativa otimista de fazer algo diferente e eficaz no trânsito municipal.
Entrei em contato imediatamente com o Dr. Maurício Alves (diretor-presidente do Denatran) a qual toda sociedade patoense sabe, que tenho uma amizade pessoal com ele, no qual foi também Superintendente da Sttrans. E logo agendei uma viagem à Brasília em busca de liberação de recursos para o trânsito de nossa cidade no Denatran e no Ministério das Cidades.
Definimos para sexta-feira o lançamento Estadual, aqui em Patos do PNATRANS (Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito); Faria gestão por intermédio de Dr. Maurício de uma agenda estadual com autoridades de trânsito de Campina Grande (Félix Neto – STTP), João Pessoa (Wallaci – Semob) e (Agamenon Vieira – Detran), no sentido de viabilizar uma visita de uma equipe técnica de engenharia de tráfego a nossa cidade.
Almejava implantar uma Escola de Trânsito que iria ministrar curso para mototaxistas, que é obrigatório para o exercício de sua atividade profissional, e que hoje é de competência exclusiva do Estado, através do Detran. Neste sentido, segundo Dr. Maurício já encontra-se em andamento uma resolução delegando aos municípios a mesma competência do Estado.
Efetivaria um projeto de criação de uma junta de conciliação (CJUSQ) em parceria com o Fórum Municipal, na pessoa do Dr. Ramonilson, Tribunal de Justiça e STTRANS, que resolveria os litígios ocorridos em acidentes com pequenos danos materiais, tendo funcionamento a princípio no Fórum e posteriormente na STTrans, adotando a ideia do agente Antônio Coelho e que estava travado na gestão anterior.
Dentre outros objetivos almejava: A organização do trânsito central com a volta da polêmica Zona Azul – Acho inadmissível alguém estacionar seu veículo 07:00 hs da manhã e sair às 17:00 horas da tarde, no centro da cidade, passando todo período comercial, ocupando o espaço público como se fosse seu, e desta forma, evitando o compartilhamento e a rotatividade necessárias a melhoria da mobilidade urbana e acessibilidade.
Buscaria recompor as parcerias com a Cptran, Ciretran, PRF, HRP, Secretária de Saúde, FIP, UEPB, Tiro de GUERRA, Samu e PM; Investiria em capacitações dos agentes de trânsito; Efetivaria diversas Faixas de Travessia Elevada; Iniciaria a padronização das lombadas ou quebra molas na cidade; Implantaria um programa de Educação continuada; Determinaria horários para Carga e Descarga (Deliberando com os empresários e comerciantes); Revitalizaria e implantaria Sinalização vertical e horizontal de qualidade; Faria um estudo técnico de reordenamento de semáforos, com possíveis desativações e implantações em locais mais necessários e combateria os chamados estacionamentos privados e desobstruiria o passeio das calçadas.
Destacaria também a imediata implantação de sinalização vertical e horizontal regulamentando o estacionamento exclusivo para automóveis, e desta forma fiscalizando e autuando motociclistas que desrespeitem à sinalização.
Assumindo o cargo sem dispor de nenhum dos (05) veículos locados para a Sttrans, e que foram coincidentemente recolhidos em minha chegada, percebi que a coisa não andaria muito bem. Apesar das contas em dias, das vultosas quantias pagas em dias antecedentes a minha chegada, tínhamos dinheiro em caixa, que aliás não movimentei um centavo sequer, ao contrário andei por três dias com meu transporte pessoal resolvendo questões administrativas do órgão.
Meu histórico, meu caráter e meu compromisso profissional com a valorização da vida sobrepõem ao status de uma Autoridade de Trânsito. Poderia muito bem apresentar falácias, como muitos medalhões ou fanfarrões fazem quando ocupam alguma gestão no trânsito, enrolando a sociedade com palavras bonitas e levando com a barriga na ânsia de se dar bem. Entretanto, na verdade dentro destas pessoas não existem nenhum compromisso com aqueles que são lesionados ou perdem suas vidas no trânsito, pois os recursos destinados à prevenção, a educação e a segurança viária são por muitas vezes contingenciados e utilizados para outros fins. Então, pergunto a estas pessoas? Como conseguem dormir sabendo que o sangue de inocentes e o sofrimento de muitas famílias poderiam ser evitados! Segundo meu amigo Mestre Josimar Amaral, nos últimos 20 anos no trânsito brasileiro ocorreram mais de 700 mil mortes e os 95% dos recursos para prevenção de acidentes foram saqueados! Termino minha fala, expressando meu agradecimento a todos que me ajudaram nesta curta passagem pela Sttrans; Aqueles que tem a garra, a vontade e a perseverança de ajudar ao próximo. A vocês que não preciso citar nomes, nunca deixem de sonhar, lutar e acredita num trânsito menos violento, mais humano e seguro. Obrigado!
Leonides Marcelino
