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A Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos, poderá ser interditada eticamente neste final de semana pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), caso o Governo do Estado não resolva os sérios problemas da unidade de saúde, que estão colocando em risco a vida de pacientes. Nesta quinta-feira (21), a diretoria do CRM-PB esteve na cidade, conversou com os médicos e diretores do hospital e se reuniu com o procurador da República em Patos, Djalma Gusmão Feitosa, denunciando o problema e pedindo providências.

A equipe médica do hospital informou ao CRM-PB que o estoque de medicamentos será esgotado no próximo sábado (23). Por este motivo, o CRM-PB deu o prazo até este dia para que o reabastecimento de remédios e insumos seja normalizado, senão terá que interditar eticamente os médicos que trabalham na maternidade, a partir da zero hora do domingo (24). O CRM-PB também preocupa-se com o  atraso no salário dos profissionais de saúde, que estão sem receber seus vencimentos desde o mês de dezembro. O último mês trabalhado e recebido foi novembro.

 “Estamos em uma situação crítica e de emergência. Para evitar o colapso no atendimento da maternidade, viemos intermediar uma resolução para o problema. Um hospital não pode funcionar sem medicamentos, insumos e sem realizar exames. Esta é uma importante unidade de saúde da mulher para o Sertão do estado, que não pode funcionar desta maneira precária”, afirmou o presidente do CRM-PB, Roberto Magliano de Morais.

A Maternidade Peregrino Filho é do Governo do Estado e é gerida por uma Organização Social (OS). Realiza em torno de 400 partos por mês e atende a população de cerca de 70 municípios. “A interdição ética é uma medida extrema, mas infelizmente teremos que adotá-la caso o problema não seja resolvido. Esperamos que a solução seja encontrada antes que a população seja prejudicada”, completou o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, que também participou das reuniões em Patos.

 

Formato Assessoria de Comunicação

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