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A dona de casa Sara Domingos de Araújo Lopes, de 20 anos, residente no Conjunto Mutirão, perdeu seu filho na madrugada da sexta-feira (29/03), e acusou a Maternidade de Patos de negligência, um caso que teve repercussão na cidade de Patos.

Na quinta-feira 29 a gestante se sentiu mal e  procurou uma unidade de saúde do bairro. Ela estava debilitada, perdendo muito líquido, e a médica a encaminhou diretamente para a Maternidade, dizendo que ela estava com pouco líquido e teria que ser submetida a um cesáreo. Dona Gisleide, mãe da gestante, disse que a criança estava “sentada” na barriga da mãe e, nesses casos quase sempre o parto acontece por meio de intervenção cirúrgica (cesáreo).

Ela foi internada na Maternidade por volta das 09h30min da quinta e disse que por volta das 13h30min começou a sentir dores, mas continuou em observação e à noite, já próximo das 23 horas, foi levada para a sala de parto. Segundo dona Gisleide, ao invés do parto cesáreo, que era o indicado, optaram pelo parto natural, e o bebê nasceu morto. “Foi negligência porque minha filha já saiu do posto de saúde com a recomendação de que deveria ser logo submetida a um parto cesáreo. Só foi levada para a sala do parto tarde da noite e ao invés do cesáreo, que era o recomendado, fizeram o parto natural, e destruíram o sonho da minha filha“, disse dona Gisleide.

A Maternidade de Patos emitiu uma nota de esclarecimento sobre o assunto. Veja abaixo:

A paciente Sara de Araújo Lopes deu entrada às 11h, desta quinta-feira (28), na Maternidade Dr. Peregrino Filho, com uma gestação de 39 semanas, conforme ultrassonografia feita logo após sua internação e foi submetida além do exame ultrassonográfico a avaliação clínica, inclusive monitorizada, permanentemente, pela equipe de enfermagem. O ultrassom atestou que a posição do feto era ‘cefálica com dorso à esquerda’, portanto, não procede a informação que o feto estaria em posição pélvica. A quantidade de líquido amniótico era normal, também atestada pelo exame de ultrassom, tanto que a bolsa só rompeu no momento do parto. Todos os exames descartavam a necessidade de parto cesárea, por isso, e também pelo compromisso que a unidade tem com o parto natural e humanizado, e ainda em sintonia com o que preconiza a Organização Mundial de Saúde, os procedimentos foram conduzidos para um parto normal. O prontuário da paciente comprova que menos de 12 horas após dar entrada na Maternidade, ela teve seu bebê que, infelizmente, por razões que fogem à conduta médica e a toda a assistência recebida, veio a óbito. De qualquer forma, a causa mortis do bebê será investigada e a família avisada”.

Versão da tia-avó:

A tia-avó da criança, de nome Gilzeneide de Araújo Domingos, conhecida por Zeneide, e que acompanhou a gestante durante todo o tempo, procurou a Folha Patoense e pediu para dar a sua versão dos fatos. Ela faz duras críticas à Maternidade de Patos.

Ouça abaixo:

 

 

A Folha Patoense ligou para a assessoria da Maternidade, que informou que já se manifestou sobre o caso (veja nota acima), que lamenta o óbito do bebê, mas que o procedimento foi todo feito de forma correta e que a instituição está documentada e acobertada quanto a esse caso.

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

 

 

 

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