Compartilhe!
Operação Recidiva: Suspeito teria destruído celular para apagar provas — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Justiça Federal na Paraíba condenou a quatro anos e seis meses de prisão em regime semiaberto o empresário Joílson Gomes da Silva, preso na Operação Recidiva da Polícia Federal. A sentença, divulgada nesta terça-feira (16), condenou o empresário por ele ter dificultado as investigações, inclusive com destruição de provas, entre elas um celular que continha conversas importantes para o andamento do processo.

A Operação Recidiva investiga desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações em vários estados, incluindo a Paraíba. Madson Fernandes Lustosa e Marconi Édson Lustosa Félix foram absolvidos nesta ação judicial, mas tiveram a prisão preventiva mantida, por outras acusações.

A decisão, do juiz federal Claudio Girão Barreto, da 14ª Vara em Patos, constatou que, no caso de Joílson Gomes da Silva, houve ocultação do aparelho celular, impedindo a Justiça de chegar a importante membro da organização criminosa, como se observa no diálogo interceptado: “Apague esse seu celular urgente, pelo amor de Jesus Cristo Jojó”.

Joílson Gomes da Silva vai ter, ainda, que pagar 170 dias-multa e, de acordo com a sentença, poderá recorrer em liberdade. No mesmo processo, além de Madson e Marconi, outras pessoas, também acusadas de dificultar as investigações, foram absolvidas por falta de provas. Diângela Oliveira Nóbrega, Myrelli Kelly Pires da Silva e Hallyson Fernandes Balduíno foram absolvidas.

Os advogados Aécio Farias e Aylan da Costa Pereira foram multados pelo pelo juiz federal de primeira instância por abandono de ação judicial. Os advogados vão ter que pagar, individualmente, multa de R$ 9.980.

Primeira fase da Operação Recidiva

Na primeira fase da Operação Recidiva foram cumpridos 8 mandados de prisão temporária, 7 mandados de prisão preventiva, 27 de mandados de busca e apreensão e 17 mandados de sequestro de bens, expedidos pela 14ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Patos, nos municípios paraibanos de João Pessoa, Barra de Santa Rosa, Brejo do Cruz, Emas, Imaculada, Juru, Patos, São José do Bonfim, São Sebastião de Lagoa de Roça e Teixeira, além de Fortaleza e Quiterianópolis no estado do Ceará.

Posteriormente, houve a conversão de duas prisões temporárias em preventivas e decisão de nova prisão preventiva para um dos presos. O nome da operação Recidiva significa reincidência, fazendo alusão a prática reiterada do cometimento dos mesmos crimes e do mesmo modus operandi pelos investigados, que já foram objeto de ações semelhantes.

Segunda fase da Operação Recidiva

A Polícia Federal cumpre seis mandados de prisão preventiva, cinco de busca e apreensão e um mandado de sequestro de bens, no dia 11 de dezembro de 2018, na segunda fase da operação Recidiva, em João Pessoa e Patos, no Sertão da Paraíba. Na primeira fase, a PF já havia cumprido 15 mandados de prisão.

O principal objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa responsável por fraudar licitações públicas em diversos municípios da Paraíba, Ceará, Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, desviando recursos públicos em favor próprio e de terceiros, fraudando também os fiscos federal e estadual.

 

G1

Deixe seu comentário