Stefania Santana com o acadêmico de Medicina, José Tarcísio e a enfrmeira Elisama e seu bebê
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Em um parto tradicional o cordão umbilical é cortado assim que o bebê nasce e todo o procedimento de limpeza e cuidados ocorre no coto umbilical, que cai em cerca de três a dez dias. Mas, com os bebês que os pais optaram por um parto de Lótus a história é diferente, pois o cordão umbilical permanece ligado a placenta intacto, ou seja, ela não é descartada de imediato, o que traz benefícios diversos para o recém-nascido. E foi justamente o que aconteceu nesta quarta-feira (26), com o filho do casal Stefania Santana de Araújo Lopes e Agrisio Fernandes Lopes. Antônio da Silva Lopes Neto teve o privilégio de ter nascido na Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos, com um parto de Lótus. Ano passado, a unidade fez outros partos de Lótus, acompanhados pela enfermeira obstetra, Catarina Sulpino.

Antônio da Silva Lopes Neto nasceu na Maternidade de Patos com uma técnica de LótusE ele nasceu saudável, as 9h30 da manhã, pesando 3,655g, com 50 cm, e Apgar 9/10. O parto normal foi acompanhado pela enfermeira obstetra, Elisama Naara, pela pediatra Fátima Queiroga, pelas técnicas Maria Cicera e Jozelita Gomes e ainda pelo acadêmico de Medicina, José Tarcísio Diógenes. Os cerca de cinco minutos que o bebê ficou ligado a placenta farão muita diferença no desenvolvimento dele. Mãe e filho, que moram em Patos, devem receber alta já nesta quinta-feira (27).

Dentre os benefícios comprovados de manter a conexão da placenta, sem cortar o cordão até que aconteça a transfusão total do sangue para o bebê, destaca-se a diminuição dos riscos de anemia na primeira infância, o fato do bebê receber toda vitamina K presente na placenta, o que em tese, diminui a necessidade da aplicação da vitamina K no bebê após o nascimento (a vitamina K é importante para evitar hemorragia no recém-nascido), o bebê recebe muito mais células tronco (presentes na placenta e no cordão umbilical) e mais células de defesa presente na placenta, aumentando sua imunidade e nos casos em que os pais esperam o tempo do cordão cair naturalmente, que varia entre três a dez dias, não há risco de infecção.

O diretor geral da Maternidade, Dr. Umberto Marinho Júnior, no entanto, orienta os pais que antes de tomar qualquer decisão se informe com o seu obstetra sobre o risco e cuidados desse modelo de parto. “Ainda não existe um estudo científico que comprove os benefícios tanto a saúde da mãe como da criança. O único estudo comprovado cientificamente é que o que acontece é semelhante ao clampeamento tardio do cordão que consiste em cortá-lo depois de alguns minutos e nesse intervalo o cordão ainda continua a pulsar, dando mais nutrição ao recém-nascido”, destaca o diretor, que é Pediatra. Dr. Umberto lembra que esse tipo de prática não é corriqueira na unidade, mas que em tendo condições clínicas de fazê-lo e se for solicitado pelos pais, a equipe é orientada a fazer o parto de Lótus. “De fato, é necessário que haja consenso entre a família e a equipe para o parto de Lótus ser realizado”, finaliza o diretor da maternidade.

 

Assessoria 

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