Equipe do Complexo que participou do treinamento
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enfermeira e coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Complexo, Camila Nunes)

O Complexo Hospitalar Regional Dep. Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC) não é somente referência em urgência e emergência para cerca de 60 municípios da Paraíba. A unidade, que integra a rede estadual de saúde, também atua na assistência e tratamento profilático em casos de relações sexuais desprotegidas que sejam indicativos de contagio de HIV e outras DST’s. Na semana passada, uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde esteve em Patos para realizar um treinamento com a equipe da unidade e identificar como está sendo realizada essa assistência à população e como se dá esses procedimentos internamente. Dados do Complexo mostram que, em média, são atendidas cerca de quatro pessoas/mês, neste serviço profilático, sendo a maior parte delas oriundas de relações sexuais desprotegidas.

“Fomos muito elogiados pela nossa conduta, assistência e organização interna em relação a essa prestação de serviço”, destaca a diretora geral do Complexo, Liliane Sena. A enfermeira e coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da unidade, Camila Nunes, lembra que o Complexo é referência na aplicação de antirretrovirais há cerca de oito anos, mas, há cerca de quatro anos sistematizou procedimentos que agora servem de referência para outras unidades de saúde. Segundo ela, a assistência prestada, neste caso, está relacionada a casos de violência pessoal, relações suspeitas desprotegidas, além de acidentes ocupacional e não ocupacionais.

Para ter acesso a dose de ataque, que é uma medicação que deve ser tomada durante 28 dias e entre duas horas e até 72 horas após o contato, o paciente só precisa relatar que teve relação sexual desprotegido, ou se contaminou com algum objeto perfuro-cortante ou foi violentada, ai já tem acesso a essa profilaxia de imediato.

A dose de ataque, como é denominada a Profilaxia Pré-exposição (PEP), é composta de dois medicamentos: o dolutegravir de 50 mlg, associado ao Tenofovir e Lamivudina. Toda a medicação é fornecida gratuitamente pelo Complexo que, além de disponibilizar a profilaxia, ainda acompanha o paciente, faz os registros de todas as pessoas assistidas, repassa as informações para a SES que, por sua vez, atualiza o banco de dados do Ministério da Saúde.

“Para ter acesso ao serviço, o paciente precisa apenas se dirigir a recepção do hospital, fazer a ficha e ser atendido pelo médico, que dará os encaminhamentos necessários que cada caso requer”, explica Camila, que é a responsável pela sistematização do controle deste procedimento no Complexo. Após o tratamento, o paciente refaz o teste rápido, com intervalos de 30 e 60 dias. “Somente após esses exames, os testes dando negativo, o caso é considerado encerrado”, finaliza Camila.

 

Assessoria 

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