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Cacimbas de água, ruínas de uma antiga capela, pedras que emitem sons de sinos e plantas exóticas da Caatinga. Esse foi o cenário da quarta etapa do Circuito Som nas Pedras realizada no último sábado (5), em Princesa Isabel.

Distante quatro quilômetros do centro da cidade, a Pedra do Guiné foi o local escolhido para receber mais uma etapa do Circuito. Composto por um complexo de formações rochosas com aproximadamente 24 mil metros quadrados, o local marca a divisa entre os estados da Paraíba e Pernambuco.

Após um pôr do sol de encher os olhos, a programação foi aberta às 18h, com a apresentação da Ave Maria Sertaneja, interpretada pelo tenor Igor Alves e o pianista Josimar do Nascimento. A dupla também emocionou o público com canções de Frank Sinatra e Andrea Bocceli.

No palco montado entre uma frondosa timbaúba e um pequeno espelho d’água, se apresentaram cordelistas, violeiros e músicos da cidade, a exemplo da dupla Antônio Delano e Damião Barbosa. O público também pôde conferir as apresentações dos grupos Sound Clash, Teresa Raquel, Careta Cuia, Raízes e Abolição, que este ano completa 40 anos em atividade.

Ponto alto da programação, a Orquestra do Prima do polo Itaporanga levou 30 estudantes da rede estadual de ensino para executar canções do imaginário nordestino sob a regência do maestro José Márcio. Destaque também para as apresentações do Ponto de Cultura Nova Geração, com um espetáculo de dança dedicado ao centenário de Jackson do Pandeiro, e do Groove da Gota, formado pelos DJs Subzero e Topz S.A, que literalmente extraíram sons das pedras e transformaram em batidas eletrônicas.

O prefeito de Princesa Isabel, Ricardo Pereira, destacou a parceria da prefeitura com o Governo do Estado e ressaltou a importância da interiorização das ações culturais. “Hoje o Circuito Som nas Pedras está quebrando um paradigma, onde eventos culturais como esse aconteciam apenas na Grande João Pessoa. É preciso que, cada vez mais, o Sertão e as cidades pequenas tenham a possibilidade de receber um evento grandioso como o do dia de hoje”, destacou.

Conforme explicou o diretor de cultura do município, Lucinaldo Feitosa, os trabalhos de produção começaram ainda no mês de setembro com a limpeza do local, culminando na montagem da estrutura nos dias que antecederam a realização do evento. “Foi um trabalho exaustivo, mas ver esse público espetacular aqui na Pedra do Guiné me deixa mais entusiasmado para continuar este trabalho”, comemorou.

Já o secretário Executivo de Estado da Cultura, Milton Dornellas, ressaltou que além de promover a circulação artística e o acesso à produção cultural local, o Circuito Som nas Pedras representa a possibilidade de desenvolvimento econômico dos pequenos municípios. “A grande finalidade desse projeto são as pessoas, ou seja, desde quem está se apresentando e assistindo, até quem está comercializando e prestando serviços para que isso tudo aconteça”, explicou.

Foi o caso da comerciante Veronilda Vicente, que ocupou um dos estandes de comercialização disponibilizados pela prefeitura na Pedra do Guiné. No cardápio, o melhor da gastronomia local: angu com guiné, arroz vermelho com galinha de capoeira, milho verde, mungunzá e picolé de frutas da região. Para ela, o público superou as expectativas. “Eu trouxe uma quantidade de comida e veio mais gente do que a gente esperava. Por ser o primeiro ano, foi ótimo!”, comemorou.

Próximas cidades – Após passar pelas cidades de Juru, Matureia, Teixeira e Princesa Isabel, o circuito realizará as próximas etapas nas cidades do Congo (Lajedo da Barriguda – 12 de outubro), Monteiro (Lajedo das Moças – 19 de outubro), Cabaceiras (Lajedo Samambaia – 26 de outubro), Serra Grande (Lajedo da Paixão – 9 de novembro), Queimadas (Pedra do Vento – 16 de novembro) e Boqueirão (Lajedo do Marinho – 23 de novembro).

Sobre o circuito – O Circuito Som nas Pedras é uma realização das prefeituras e conta com a parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Secretaria de Estado da Comunicação Institucional,  Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) e a Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), através da Rádio Tabajara e do Jornal A União, e o Sebrae.

SECOM

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