Acusado de matar namorada asfixiada após festa de Natal é condenado a 18 anos de prisão, na Paraíba — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
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O acusado de matar a namorada asfixiada em dezembro de 2018, após uma festa de Natal no bairro do Róger, em João Pessoa, foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. O julgamento de Lucas Ferreira de Cavalcante aconteceu no 1º Tribunal do Júri, no Fórum Criminal, nesta segunda-feira (11).

A vítima Gizely Medeiros, que tinha 24 anos, foi achada desacordada na própria cama, em um quarto que fica nos fundos da casa dos pais dela, na manhã do dia 25 de dezembro. A vítima apresentava marcas de agressões e os pais ainda tentaram socorrê-la em um táxi, porém o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local e constatou que ela já estava morta.

O corpo de Gizely foi levado para o Instituto de Polícia Científica (IPC), onde foi feita uma perícia que identificou a causa da morte como sendo asfixia. Durante o primeiro depoimento, Lucas prestou esclarecimento e negou a morte e as agressões. Ele alegou que a morte poderia ter sido causada pelo alto consumo de bebida, energético e cocaína feito pelos dois na noite anterior.

Após o laudo, ele mudou a versão e, segundo o delegado Diego Garcia, confessou o crime, mas disse que não sabia que a jovem havia morrido. O casal completou um mês de namoro no dia 24 de dezembro de 2018. Os dois se conheceram pela internet.

Durante o segundo depoimento, Lucas disse ao delegado que foi dormir por volta das 23h (horário local) porque o casal já havia discutido por causa de uma ligação no celular dele. Ainda segundo Lucas, Gizely voltou para a festa e, na madrugada o acordou para discutir. O jovem confessou que se afastou e quando a jovem caiu deitada na cama, ele segurou a cabeça dela contra o colchão por vários minutos. Ainda de acordo com o delegado, o jovem disse que não sabia que ela tinha morrido e voltou a dormir.

“Apesar dele ter sido condenado, eu achei a pena muito pouca, porque ele tirou a vida da minha filha na frente do filho dela, com três anos de idade. E quem sabe o que a criança está passando psicologicamente somos nós da família. A criança não come direito, não dorme direito e não estuda direito”, desabafou a mãe de Gizelly, Jaciane Medeiros, após o julgamento.

O acusado, que aguardava o julgamento no Presídio do Roger, volta para o mesmo local para dar continuidade à pena.

G1 PB

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