Um tumulto generalizado ocorreu por volta das 16h25, do dia 24 de novembro, durante as comemorações do Flamengo pela conquista da Taça Libertadores das Américas no Centro do Rio.
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Um tumulto generalizado ocorreu por volta das 16h25 durante as comemorações do Flamengo pela conquista da Taça Libertadores das Américas no Centro do Rio. Um grupo de populares, muitos com os rostos cobertos, começaram a arremessar pedras e outros objetos em direção a Polícia Militar.

Os PMs, por sua vez, revidaram bom bombas de gás lacrimogêneo. Os incidentes ocorreram na altura do prédio Balanço Mais não Cai. Houve correria entre o público.

Antes do início do tumulto, o ônibus do Flamengo desviou da Avenida Presidente Vargas e seguiu pela contramão da Rua de Santana, que já estava interditada. O evento contava com esquema de segurança especial para esta tarde.

Após o início da ação, crianças precisavam se esconder em locais improvisados. Os torcedores que seguiam o time reclamaram da truculência da Polícia Militar na ação:

— Estava tudo tranquilo e cheio de crianças e aí a PM começou a jogar bombas de gás e efeito moral. Estão acabando com uma festa linda — lamentou o porteiro Felipe Santos.

O servidor público Alexandre Anjos, que foi acompanhado de toda a família, também apontou o andamento tranquilo da festa até então.

— A gente está achando desproporcional a atitude da polícia. Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas até então estava uma festa com um ambiente super familiar. Agora é encostamos aqui no posto, pra ficar na boa e dispersar devagar — diz Anjos.

Versões sobre o tumulto

Um servidor público, que preferiu não se identificar, conta que a confusão teve início quando a torcida começou a se aproximar do cordão de isolamento feito pela polícia para proteger o trio elétrico. Em uma tentativa de afastar a multidão, a segurança passou a usar gás pimenta. Os torcedores passaram então a atirar garrafas contra os políciais, que revidaram com bombas de efeito moral.

Segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca, a confusão no festejo do Flamengo na avenida teve início quando parte da torcida tentou furar um bloqueio da Polícia Militar, na Rua de Santana, para continuar acompanhando os jogadores. O desfile em carro de som que trazia os jogadores seria encerrado naquele trecho, quando o veículo dobraria na via e, em seguida, o cordão da PM se formaria para isolar o carro de som do restante da torcida.

— Já estava na hora do desfile acabar. O problema é que, quando o carro de som virou na Rua de Santana, uma pequena parte da torcida tentou acompanhar, para continuar perto dos jogadores. Jogaram pedras portuguesas e latas de cerveja contra os policiais, que reagiram com bombas de efeito moral — diz o secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca.

Longe da confusão

Na confusão que se formou na Avenida Presidente Vargas, uma viatura da Guarda Municipal deu ré e atropelou um agente. Nesse momento, o trio elétrico onde estava o time do Flamengo saiu da avenida e, por vias menores, levou os atletas ao Batalhão de Choque, na Rua Frei Caneca. O governador Wilson Witzel também estava na comitiva, e, assim como os jogadores, desceu do veículo no edifício da Polícia Militar. (Colaborou: Luiz Ernesto Magalhães)

O Globo

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