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Houve um tempo em que não existia celular nem internet e até os telefones públicos eram raros e as linhas telefônicas fixas caras e um privilégio de poucos. Nesse tempo, quem quisesse falar com o familiar distante, transmitir um recado, uma notícia ou um aviso qualquer dependia do posto da Telpa (Telecomunicações da Paraíba) e lá encontrava uma mulher atenciosa e carismática, preparada para resolver todo e qualquer problema e possibilitar que a comunicação se realizasse entre pais e filhos, marido e mulher, noivo e nova, tios e sobrinhos, netos e avós, encurtando distâncias e vencendo saudades.

Essa mulher era Lucileide Lopes de Almeida, que na época comandava a central telefônica da Telpa, um dos lugares mais frequentados de Itaporanga e da região pelo importante serviço público que prestava. Ela foi uma das pioneiras da telefonia no Vale e uma das primeiras mulheres a ocupar cargo de relevância social no município em um tempo em que a opressão e exclusão contra a mulher era uma realidade quase intransponível.

Lucileide Almeida faleceu nessa sexta-feira, 29, aos 64 anos em um hospital de Campina Grande, deixando viúvo o senhor José Almeida e três filhos. Seu sepultamento será na manhã deste domingo, 1º, no cemitério de Itaporanga. Ela descansa depois de muitos anos lutando contra uma enfermidade que a tirou do trabalho e da vida social precocemente.

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