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Na tarde de uma quarta-feira, dia 29 de setembro de 2010, a sorte bateu à porta da casa de Jucilene Medeiros – ou melhor, foi ao seu encontro em um canavial do interior paulista onde ela cortava cana-de-açúcar. Naquela época, a cortadora de cana juruense que havia deixado a sua terra natal para enfrentar o trabalho árduo dos canaviais em São Paulo morava (e ainda continua morando) no Jardim Santa Fé, zona leste da cidade de Olímpia (SP).

Jucilene nasceu e se criou no longínquo e pequeno povoado Cachoeira dos Costas, na zona rural de Juru, na região de Princesa Isabel, onde residem os seus pais, Rita e José Medeiros, que vivem da agricultura.

O apresentador Gugu Liberato, que recentemente trabalhava na Rede Record de Televisão, realizou o sonho de Jucilene de ter uma casa digna e construiu um sobrado no lugar da humilde casa em que a juruense morava. O imóvel, que continua conservado com orgulho pelos moradores até hoje, fica no número 256 da Avenida Manoel Cunha, em Olímpia, onde ela passou a morar desde então com Moacir de Morais, seu companheiro, e os filhos Edson, Ednaiara e Ednaira. Os três já alcançaram a maioridade, terminaram os estudos e estão trabalhando. Tem uma que já está casada e tem dois filhos.

Jucilene e Moacir são pais de Ana Alice, a filha caçula de sete anos de idade que não era nascida à época.

Antes de construir o sobrado, Gugu esteve em Olímpia primeiro para ver a situação da família, inclusive foi até um canavial e, de surpresa entrevistou Jucilene.

Com pouca leitura, Jucilene havia pedido ao amigo Cristiano Bulhões que mandasse uma carta contando as dificuldades dela para o quadro Sonhar Mais um Sonho do programa Domingo Legal, no SBT. Poucos dias depois, ela foi surpreendida no meio do canavial por Gugu Liberato. Disfarçado, o apresentador que morreu recentemente após cair de uma altura de 4 metros em sua casa nos Estados Unidos, se passava por um jornalista e pediu para ela lhe ensinar a cortar cana. Gugu só foi reconhecido por Jucilene após ele tirar o disfarce.

“Ele começou a cortar cana comigo. De repente ele tirou o disfarce, nossa, ali eu esqueci de tudo e eu não conseguia mais pensar em nada. Fiquei muito feliz, muito feliz”, disse Jucilene em entrevista ao site Folha da Região. Ela havia mandado, no dia 05 de setembro de 2010, um e-mail escrito pela filha no seu nome, pois ela não tinha nem RG nem CPF na época.

“Um dia o Gugu vai fazer uma casa pra mim, eu tenho fé em Deus que ele vai fazer uma casa de verdade, a casa do meu sonho pra eu morar com os meus filhos”, falava Jucilene para os amigos sobre a vontade de ter uma casa digna para morar. Ela disse que mesmo antes de acontecer já acreditava que um dia o Gugu iria construir uma casa para ela.

Após a realização do sonho, a vida da família mudou para melhor, porque as duas filhas de Jucilene que haviam ficado com os avós na Paraíba quando ela foi embora tiveram oportunidade de ficar em São Paulo onde estudaram e tiveram uma vida melhor que no Nordeste. Elas tinham sido levadas pela mãe para morar com ela apenas por um ano e deveriam retornar para o povoado Cachoeira dos Costas, em Juru, para ficar com os avós, mas que elas não queriam.

Enquanto Gugu construia o novo lar da família, o casal e os filhos foram para um hotel na praia onde aguardaram por 15 dias até que a construtora realizasse a obra de reconstrução da casa no Jardim Santa Fé, em Olímpia.

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Juru em Destaque com iFolha

Fotos: Reprodução

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