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Quatro policiais militares resolveram raspar a cabeça em apoio a uma criança que faz tratamento contra o câncer, em Picuí, no Seridó paraibano. A guarnição formada pelo tenente Diego, tenente D. Souza, sargento Joelson e o soldado Leonardo foi responsável por alegrar o dia do menino Rafael Lima, de 5 anos, diagnosticado com Linfoma de Hodkgin e que viu o cabelo cair durante o tratamento.

O gesto em apoio a Rafael aconteceu na casa da família do menino, no dia 29 de novembro deste ano. Os quatro policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar foram juntos ao local e pediram para que a própria criança raspasse os cabelos deles. Mas essa relação entre os PMs e Rafael já existe há alguns anos. A amizade entre a criança e os quatro policiais começou desde que a criança tinha seis meses, quando Rafael pulava de felicidade ao ouvir o barulho da viatura da PM.

Os policiais são sempre bem recebidos na casa do menino Rafael. Tenente Diego conta como ele e os outros três amigos e companheiros de trabalho conheceram a criança. “A gente conheceu o Rafael há um tempo atrás, durante o dia-a-dia do trabalho. O pai dele tem um comércio na cidade, e a gente sempre tá por perto, foi assim que a gente se aproximou”, lembra.

Os policiais perceberam que o menino ficava encantado quando via a viatura da PM passando pela cidade. “Ele começou a pedir pra tirar foto com a gente. Aí a gente sempre passava por lá e agora somos muitos amigos. Por isso, desde que a gente soube dessa luta dele contra o câncer, a gente sempre tenta acompanhar ele, saber como ele está”, explica tenente Diego.

A mãe de Rafael, Rosania Dantas, relata que a admiração do filho pelos policiais existe desde que a criança tinha seis meses de vida. “Mesmo antes de ser diagnosticado, ele sempre foi fã dos policiais, desde os seis meses. Não podia ver uma viatura que ficava pulando de tanta felicidade”.

E foi aos 4 anos de idade que Rafael fez um pedido diferente aos pais. O menino pediu uma festa de aniversário com tema da polícia. “Como a gente sabe o tanto que ele ama os policiais, a gente fez a festa que ele pediu, foi maravilhoso. Uma viatura escoltou ele até a nossa casa, ele ganhou todo fardamento mirim da PM e a presença dos policiais na festa, foi uma alegria enorme”, lembra.

O diagnóstico de Rafael foi dado em agosto deste ano. A família descobriu que a criança estava com Linfoma de Hodkgin e que precisaria começar o tratamento contra o câncer. Segundo a mãe de Rafael, as sessões quimioterapia duraram dois meses, entre outubro e novembro deste ano.

“Ainda em março deste ano, a gente percebeu que um caroço estava crescendo no pescoço do Rafael. Mas foi somente após a primeira biópsia, que ele fez em agosto, que a gente descobriu que ele estava com esse tipo de câncer”, relata Rosania.

As sessões de quimioterapia de Rafael aconteciam no Hospital Universitário de Campina Grande. “A gente precisava ir pra Campina pra fazer o tratamento direitinho. Após o fim da quimioterapia, a gente fez um exame para checar como ele estava, até então ele tá bem, mas vamos precisar fazer um outro exame em janeiro”, afirma a mãe.

Linfoma de Hodgkin

Linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, um conjunto composto por órgãos e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo. Conforme o câncer progride, limita a capacidade do organismo de combater a infecção.

Os gânglios linfáticos no pescoço, nas axilas ou nas virilhas podem inchar. Fadiga, febre e calafrios são alguns sintomas. Os tratamentos incluem quimioterapia, radioterapia e, em casos raros, transplante de células-tronco.

Por Érica Ribeiro – G1 PB

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