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Em plena Pandemia, em que todas as atenções mundiais estão voltadas para as indefinições no âmbito da Saúde, a cidade de Patos, origem da primeira morte na Paraíba pelo novo vírus, fugindo a todos os patamares da coerência, passa a dividir suas atenções com a política eleitoral. O prefeito afastado, que por sinal é médico, em postagem nas redes sociais envereda pela criação de uma expectativa em torno de uma posição individual, prometendo mexer com o coletivo.

Surge, então, a primeira indagação: seria a apresentação oficial de sua renúncia, o que desencadearia uma série de acontecimentos paralelos à luta contra o mal que atinge, no presente, grande parte do universo? Ou uma mera tentativa de chamar para si as atenções? Com tal iniciativa poderia está fugindo da proximidade de uma decisão em segunda instância e voltando a primeira? Provocando a realização de uma escolha indireta em um momento conturbado?

No caso de uma renúncia ao cargo de prefeito, do qual se encontra afastado em consequência de uma operação que apura possíveis casos de corrupção, provocaria a saída do interino que, diga-se de passagem, para muitos, ainda não disse a que veio. O faria voltar a condição de presidente da Câmara, que lhe deu poderes no executivo, e obrigaria o poder legislativo a fazer uma escolha indireta, visto que ocorre nos seis últimos meses de mandato.

Aliás, em pleno temor de um inimigo desconhecido pela ciência que busca desesperadamente o seu antídoto, a política de Patos se deu ao luxo de contemplar a mudança de direção entre poderes, quando um membro do judiciário encerrou carreira nas leis para iniciar atuação no âmbito eleitoral. Seria ele o potencial candidato, não apenas no pleito direto previsto para outubro, mas também no imprevisto que poderá vir em consequência do que se imagina no anúncio de hoje?

Penso eu, que na direção de nossas demandas atuais seria bem melhor para todos, em um momento tão crucial da história, o jurista no judiciário, o político no administrativo e o médico na ciência, combatendo um inimigo comum, ao invés das invariáveis que possam provocar a variação dos vírus: Corona e Política.

Damião Lucena – damiaolucena@gmail.com 

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