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O Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP) recebeu diversas denúncias de servidores de Patos que contraíram o coronavírus, testaram positivo e que depois de 14 dias, procuraram a Secretaria de Saúde para fazer o reteste, para verificar se realmente foram curados, para poderem retornar ao trabalho e no entanto, não foram atendidos pela Secretaria Municipal de Saúde.

O sindicalista José Gonçalves, vice-presidente do SINFEMP, encaminhou a situação através do WhatsApp da Secretária de Saúde, Franscisca Lavor e no entanto, não foi dada nenhum resposta.

Gonçalves adiantou que a única orientação da Secretaria foi pedir para a servidora procurar uma UBS e se apresentar ao médico e esse profissional iria determinar a sua volta ao trabalho, sem fazer o teste novamente. “Isso é um risco, pois o servidor pode ainda está infectado, não ter se recuperado e transmitirá o vírus para seus colegas de trabalho, como também outras pessoas que venham a ser atendidas no referido local”, disse o mesmo.

O sindicalista ainda lamentou o desprezo da gestão municipal para com diversos servidores que estão doentes. “Não existe acompanhamento e muitos tiveram que pagar exames particulares para saber se estão infectados ou não”, disse Gonçalves.

Como se não bastasse, a gratificação de R$ 400,00, encaminhada pelo gestor e aprovada pela maioria dos vereadores, deixaram de fora esses servidores infectados ou que venham a serem infectados pelo coronavírus. “Os plantões dos médicos de 12 horas, nos valores de R$ 1.100,00 e R$ 1.200,00 foi retroativo a 1 de maio, mas os demais servidores o projeto não teve retroatividade”, denunciou o sindicalista.

Veja um dos depoimentos de um servidor prejudicado:

“Venho diante desse meio de comunicação relatar um fato ocorrido comigo. Sou servidora pública municipal e no dia 12/05 comecei a apresentar sintomas gripais, porém por estarmos enfrentando esse momento de pandemia já fiquei na alerta e comecei a tomar os devidos cuidados. O primeiro foi procurar um médico na unidade âncora como fui orientada. Chegando lá, o máximo que consegui foi passar por uma triagem com equipe de enfermagem e ouvir deles que eu não tinha nada além de uma tosse alérgica, apesar de meu esposo também está sentindo os mesmos sintomas que eu. Nosso relato na UBS foi inválido e seguimos as orientações da equipe que nós atendeu (fique em casa e se caso os sintomas piorarem vocês voltem aqui) tudo bem nisso os meus sintomas realmente pioraram e dia 15/05 procurei os serviços da UPA chegando lá passei pela triagem na qual mais uma vez fiz todo o relato do meu estado e do meu esposo, e fui encaminhada para atendimento médico ao falar com a médica a mesma pegou minha ficha e falou: “Olha você aparentemente está bem. Você não apresenta sintomas para Covid-19), então foi aí que questionei como ela podia me diagnosticar por aparência?

Então pedi para fazer o teste e a mesma mim falou que os testes tinha acabado, mas ia passar uma medicação para mim tomar em casa só pra mim tranquilizar. Prescreveu a medicação e vim embora só que não mim dei por satisfeita então decidir entrar em contato com uma pessoa da Secretaria de Saúde para pedir a mesma que mim permitisse fazer esse teste. Foi aí que ela mim mandou ir até a secretária fazer. Isso foi dia 21/05 e testamos positivo para o Covid-19 (eu e meu esposo), ou seja, eu já estava contaminada, mas por julgamento de aparência eu estava a trabalhar e talvez contaminando outras pessoas. Como fui orientada na Secretaria de Saúde, passei 14 dias em isolamento domiciliar. Hoje, após ter cumprido esse período, entrei em contato com a Secretaria para confirmar se eu poderia ir fazer um reteste e assim ter a prova de que realmente estou curada (ou não).

Mas infelizmente a resposta que obtive foi que a Secretaria de Saúde não fornece reteste. O procedimento que fui orientada a fazer é ir até uma unidade de saúde para que o médico possa mim avaliar e assim comprovar se já estou apta ou não a voltar as minhas atividades. Pessoal, como é que um médico vai mim avaliar sem ter nenhum exame em mãos, como eu posso mim tranquilizar mais uma vez em receber um diagnóstico por aparência? Isso já fizeram antes e o resultado final foi eu ser a única prejudicada, por isso que venho aqui expressar minha revolta diante do tamanho descaso da Secretária de Saúde de Patos com os seus servidores. Quem tem dinheiro para pagar consulta, exames, teste, ótimo. E quem não tem, entrega nas mãos de Deus.”

Assessoria SINFEMP

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