Imagem aérea mostra manifestação contra Bolsonaro neste domingo (7), em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
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Manifestantes contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), contra o racismo e o fascismo e favoráveis à democracia protestaram em Brasília, na manhã deste domingo (7). O grupo se reuniu na Biblioteca Nacional, por volta das 9h e desceu a Esplanada dos Ministérios.

Eles seguiram até a Alameda das Bandeiras, onde a Polícia Militar do Distrito Federal montou um bloqueio para impedir o encontro com um segundo grupo, pró-Bolsonaro. Defensores do governo permanecem acampados próximo à Praça dos Três Poderes e têm feito manifestações semanais, aos domingos.

A PM acompanhou o ato. No gramado em frente ao Congresso Nacional, os militares fizeram um cordão de isolamento para separar os manifestantes.

O grupo que se intitulava “a favor da democracia” entoou palavras de ordem. Os manifestantes, em sua maioria, usaram máscara de proteção facial.

Houve ainda a distribuição gratuita de máscaras, que são obrigatórias no Distrito Federal. Água e sabão e álcool em gel também eram entregues em um espaço chamado de “ponto anticovid”.

Eles carregaram faixas e bandeiras com dizeres contra o racismo, antifascismo, pela democracia, por respeito às mulheres e em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Alguns, vestindo jalecos brancos, representaram os profissionais de saúde e carregaram cruzes pretas em sinal de luto.

Outros cartazes também faziam referência ao “Estado genocida” e destacavam que “vidas negras importam”. Torcedores do Corinthians carregavam faixas pedindo respeito às mulheres.

Próximo ao bloqueio da PM, um casal deitou no chão em referência à morte do ex-segurança norte-americano George Floyd, asfixiado por um policial no dia 25 de maio. Neste local, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, cumprimentou os militares.

Na região do Palácio do Planalto, o grupo pró-Bolsonaro se manifestou. Vestidos nas cores verde e amarelo, alguns carregavam bandeiras do Brasil e outras com o emblema da monarquia.

Também havia faixas antidemocráticas. Nelas era possível ler frases pedindo “intervenção cívico-militar”

Por volta das 11h, os manifestantes contra Bolsonaro retornaram, pela Esplanada, até o ponto de partida do ato. Até a publicação desta reportagem, não havia incidentes relacionados ao ato.

Fiscalização de ‘excessos’

Na última sexta-feira (5), o Ministério Público do Distrito Federal informou que a Promotoria de Justiça Militar acompanharia, “com atenção”, o trabalho das forças de segurança durante os protestos deste domingo.

A ação parte de uma denúncia recebida sobre “o incentivo, por parte de integrantes da Polícia Militar, ao uso de força excessiva contra os manifestantes”.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) informou que a pasta está “preparada para orientar a população e garantir a segurança e o direito à manifestação das pessoas […]”, diz trecho do comunicado.

“As forças de segurança e os demais órgãos do GDF vão estar presentes com o efetivo necessário, de modo que os atos ocorram de forma pacífica e ordeira.”

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G1 DF

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