Dinaldo Filho (Dinaldinho) - Foto: reprodução
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Depois de quase dois anos da decisão que afastou do cargo de prefeito de Patos o médico Dinaldo Wanderley Filho (Dinaldinho), o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) deverá analisar mais uma vez a manutenção, ou não, das medidas cautelares impostas durante a Operação Cidade Luz, que apura irregularidades em contratos do município. O pedido, feito pelos advogados de Dinaldinho, está na pauta dos desembargadores no dia 17 deste mês. O prefeito está afastado do comando da prefeitura desde o dia 14 de agosto de 2018.

De lá para cá, inclusive, vários gestores interinos assumiram a gestão da cidade. Dinaldinho, que deverá ser candidato nas eleições deste ano, já até trocou o ninho tucano do PSDB pelo MDB, partido do senador José Maranhão.

No pedido os advogados alegam que o médico está há mais de 600 dias afastado cautelarmente. “As cautelares que ora são questionadas, de notória sabença, foram impostas em dois processos distintos: 0001059-2018.815.0000 e 0001493-91.2018.815.0000. Em ambos, houve o recebimento da denúncia pelo Tribunal Pleno do nosso Tribunal de Justiça, ocasião em que foram ratificadas. De forma que, repiso, a perpetuação delas até agora, por óbvio, se sustém através da deliberação da composição plena do Tribunal de Justiça da Paraíba, daí reputo deveras importante que eventual reexame sobre a necessidade de sua permanência, ou não, seja levado ao crivo da mesma composição”, avaliou o relator do caso, desembargador Carlos Beltrão, no dia 13 de maio, encaminhando a decisão ao Colegiado.

O afastamento de Dinaldinho foi mantido pelo TJ em agosto do ano passado, quando os desembargadores receberam a denúncia apresentada pelo Ministério Público.

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Foto: reprodução

A Operação Cidade Luz

Dinaldo Filho e mais 12 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por conta das investigações da Operação Cidade Luz. Eles são acusados de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos, fraude em licitação e lavagem de capitais.

A investigação mostrou que, em 10 meses, a organização criminosa obteve um enriquecimento ilícito de mais de R$ 739 mil, desviados de contratos firmados com a Prefeitura de Patos, no montante de R$ 1,3 milhão. Após o afastamento de Dinaldinho, o vice-prefeito Bonifácio Rocha (PPS) foi elevado à condição de interino, mas renunciou ao cargo posteriormente.

João Paulo Medeiros – Jornal da Paraíba

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