Natural da Paraíba, Elba Ramalho conversou com a reportagem sobre o ano sem festejos por causa da pandemia. (Foto: reprodução)
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Acostumada a cantar para multidões, Elba Ramalho fez uma live direto de um cenário junino montado em Campina Grande (132 km de João Pessoa) na véspera do São João.

Uma das maiores festas juninas do país, o São João de Campina Grande foi adiado para outubro e novembro. Mas, para manter a tradição, a organização da festa decidiu realizar “lives” com artistas que se apresentariam neste mês.

A cantora, que é natural da Paraíba, conversou com a reportagem sobre o ano sem festejos por causa da pandemia.

PERGUNTA – O que significa para o nordestino não celebrar o São João?

ELBA RAMALHO – Tenho certeza de que, para o nosso povo, para a nossa gente que tem um apego emocional e cultural a essa festa, vai ser algo que vamos ter que experimentar agora com essa ausência. Fica esse silêncio, esse vazio. É procurar manter a chama da fogueira acesa no nosso coração. Afinal de contas, é São João.

P – Qual o principal simbolismo?

ER – São João é um santo cristão que tem uma tradição de beleza e força. Foi o precursor de Jesus. As festas sempre começam na igreja e acabam na rua, onde ganham sua cor, seu lado profano. São João para nós significa boas comidas, fartura, música tradicional, que é o forró, famílias unidas. O simbolismo é esse.

P – O que espera de se apresentar pela primeira vez sem público no São João?

ER – Nossa música tem muita força e tradição. Ela é a característica maior da nossa festa. Espero cantar as músicas que as pessoas gostariam de ouvir se eles estivessem na rua, se estivessem diante do meu palco, diante do meu show. Vai ser assim. Eu daqui e vocês de lá. Cada um na sua casa.

Folha de S.Paulo

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