O policial militar Leonardo Magalhães Gomes da Silva, o Capitão Leo, é o principal alvo da operação realizada contra uma narcomilícia na Zona Oeste do Rio — Foto: reprodução
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Cerca de 200 policiais foram mobilizados na manhã desta quinta-feira (9) em uma operação montada para desarticular uma milícia que atua na região de Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. De acordo com os investigadores, trata-se de uma narcomilícia, que é uma milícia que trafica drogas. Ao todo, os agentes tentavam cumprir 16 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão.

“A principal diferença dessa organização criminosa é que, além de cometerem os crimes tradicionais de milícia, como extorsões, ameaças e homicídios, eles também praticam o crime de tráfico de entorpecentes”, apontou o delegado chefe da Delegacia de Homicídios, Antônio Ricardo Nunes.

Até as 8h, cinco pessoas haviam sido presas. Entre os presos está Fernando Mendes Alves, cabo da PM que atua no Programa Centro Presente. Apontado como o número 2 da organização criminosa, ele foi preso em casa, em Vargem Pequena.

O principal alvo da operação, no entanto, é o capitão da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, o Capitão Leo, apontado pelo Ministério Público como chefe dessa narcomilícia. Desde o início da manhã, os agentes faziam buscas em endereços ligados ao policial, que não havia sido localizado até as 7h.

“Para nós, é realmente muito ruim saber que essas organizações criminosas possuem policiais envolvidos nos seus quadros”, enfatizou o chefe da DH, delegado Antônio Ricardo Nunes.

Batizada de Porto Firme, a operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência e em parceria com a Delegacia de Homicídios da Capital e a Corregedoria da Polícia Militar.

Segundo as investigações, o Capitão Leo estaria disputando o controle de uma região conhecida como Pombo sem Asa. A organização criminosa por ele comandada é, segundo o Gaeco, responsável por crimes como tráfico de drogas e de armas de fogo, além extorsões, homicídios, agiotagem e corrupção ativa. O grupo age na região de Vargem Grande, Vargem Pequena e adjacências.

No dia 7 do mês passado, uma chacina deixou quatro mortos e dois feridos na comunidade. A polícia também investiga se o Capitão Léo teria envolvimento com esses crimes.

Veja a matéria completa no G1 RJ.

G1 RJ

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