Policiais Militares são alvos de sindicância por terem recebido auxílio emergencial de forma ilegal. Foto: divulgação/Secom-PB
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O trabalho da Controladoria-Geral da União (CGU) para detectar fraudadores do auxílio emergencial tem se deparado com algumas pérolas. Entre os servidores públicos que receberam ilegalmente os R$ 600 pagos pelo governo federal por causa da pandemia estão 149 policiais militares. Os casos foram informados em ofício da CGU remetido para o Comando-geral da Polícia Militar da Paraíba.

Pelo menos três sindicâncias já foram abertas em cidades do interior do Estado por causa dos desvios de conduta de alguns profissionais. O auxílio emergencial foi criado pelo governo para atender às pessoas atingidas pela pandemia do novo Coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretendia que fossem pagos R$ 200 por pessoa necessitada, mas o Congresso elevou o montante para até R$ 1,2 mil. O benefício pagou algo em torno de R$ 3 bilhões a 1,5 milhão de paraibanos cadastrados.

O grupo de servidores públicos que recebeu recursos de forma ilegal provocou prejuízo para os cofres públicos um prejuízo que deve girar em torno dos R$ 50 milhões. Todos os casos detectados estão sendo notificados pela CGU, para que os órgãos onde eles estão lotados tomem providências. Os servidores estão sendo orientados a devolver o dinheiro.

Outros profissionais

Dos profissionais ligados ao governo do Estado, pelo menos 6.603 deles foram detectados na primeira varredura. Este número poderá ser potencializado, com base em novo levantamento que está sendo concluído. Deste total, merece destaque o fato de que 2.897 são servidores da Secretaria Estadual de Saúde, 2.614 aposentados e pensionistas da PBPrev, 466 servidores da Secretaria de Educação.

No rol dos servidores da Secretaria Estadual de Saúde, estão 133 enfermeiros, 26 assistentes sociais, 21 nutricionistas, 16 fisioterapeutas, 7 farmacêuticos, 5 psicólogos, 3 biomédicos, 2 contadores, 2 cirurgiões-dentistas, 2 ouvidores, 2 arquivistas, 2 assessores de imprensa, 1 médico radiologista, 1 administrador, 1 advogado, 1 diretor e 1 estatístico.

No caso da Secretaria Estadual de Educação, constam 68 professores da educação básica, cuja maioria possui remuneração que varia entre R$ 6.030,04 e R$ 8.773,55, bem como existem 14 diretores e 6 vice-diretores de escolas.

Suetoni Souto Maior – Jornal da Paraíba

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