Vivian Herculano Salvatore (Foto: reprodução/Facebook)
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Centro de Combate ao Coronavírus
Centro de Combate ao Coronavírus (Foto: Prefeitura de São Vicente/redes sociais)

Um caso de assédio sexual aconteceu durante uma consulta médica na cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo. Uma recepcionista, 29 anos, fez uma denúncia à direção Centro de Combate ao Coronavírus, local administrado pela Prefeitura Municipal.

Vivian Herculano Salvatore procurou atendimento após sentir sintomas relacionados à Covid-19. Chegando ao local, foi atendida por um médico, que perguntou quais os sintomas que a paciente vinha sentindo, como também o que gostava de fazer para ‘desestressar’.

“Ele perguntou o que eu estava sentindo e descartou que eu estivesse com a doença. Disse que estava com estresse e que isso poderia ter desencadeado os sintomas”, afirmou a vítima.

Como se não bastasse, o médico ainda invadiu a privacidade de Vivian, perguntando se ela namorava. “Eu falei que tinha dois filhos e que era solteira. Aí ele me perguntou se eu tivesse a oportunidade de namorar, se eu namoraria. Eu respondi que não sabia”, explicou Vivian.

Em seguida, a paciente foi encaminhada para fazer um exame de raio-X. A mulher também foi orientada sobre o teste rápido e o teste RT-PCR (laboratorial). Quando retornou à sala, foi informada que estava apenas sob estresse. “Foi quando ele voltou a perguntar sobre ter um namorado. Ele me perguntou se me faltava coragem, oportunidade ou vontade. Eu apenas respondi que não sabia”, relatou.

O mais grave ainda estava por vir. Segundo a recepcionista, o médico olhou para a porta do escritório, que estava entreaberta, e perguntado o que ela faria para desestressar naquele momento. Após isso, teria se levantado da cadeira e parado na frente da jovem, fazendo mais um questionamento. “Ele voltou a me dizer – a oportunidade você tem agora. O que te falta, coragem ou vontade?”, indagou.

Por fim, Vivian foi questionada sobre sentir falta de calor humano, já que um abraço poderia desestressá-la. “Eu só pensava que ele poderia ter feito isso com outra menina, mais nova. Eu nunca passei por isso. Tenho 29 anos e não sabia como agir. Imagina uma jovem de 18 anos”, pontuou Vivia, que saiu da sala e foi realizar uma denúncia à diretoria da unidade.

De acordo com a Prefeitura de São Vicente, o médico suspeito foi afastado imediatamente após as denúncias.

O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher de São Vicente.

Correio Notícias com Santa Portal

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