Dinaldo Filho (Dinaldinho) - Foto: reprodução
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O afastamento do prefeito de Patos, Dinaldo Medeiros Wanderley Filho (MDB), está completando dois anos nesta sexta-feira, 14 de agosto.

A ação que provocou o afastamento do prefeito Dinaldo foi impetrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) após Operação Cidade Luz em agosto de 2018.

No dia 14 do mesmo mês, o Tribunal de Justiça afastou o prefeito, determinando a posse do seu vice Bonifácio Rocha.

Desde que Dinaldo foi afastado do cargo de prefeito após ser alvo da Operação Cidade Luz, na qual foi denunciado pela existência de fraudes nos contratos de iluminação pública do município de Patos, que ele tenta, de forma frustrada, voltar ao cargo. É uma derrota atrás outra e todas de forma acachapante.

Para três juristas consultados pelo Portal 40 graus que preferiram o anonimato, dificilmente será possível encontrar algum recurso plausível pela sua banca de advogados capaz de convencer alguma instância da Justiça para que ele volte ao posto. Até agora, todos eles foram negados no Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e até no Supremo Tribunal Federal.

Nos bastidores, amigos já dizem Dinaldo não nutre mais a esperança de voltar ao cargo. Talvez, por conta disto, Dinaldinho solicitou o pagamento dos 24 meses de salários em que ele ficou sem a remuneração de gestor.

Não há previsão de julgamento da ação que o afastou o que deixa juristas intrigados porque tanto tempo do afastamento sem que a Justiça dê um veredito.

Dinaldo Filho rechaçou recentemente a onda de boatos dando conta que ele poderia renunciar ao cargo. Ele negou e disse que não há motivos para isto. “Não vejo o por que nesse momento de uma renúncia. Sei que muitas mentiras foram colocadas, a exemplo de que eu estava afastado e recebendo salário, que a cidade de Patos foi entregue a um caos, e na verdade a própria auditoria pedida por Bonifácio Rocha mostrou que o meu afastamento transformou a cidade num problema gritante, tenho dados, número para mostrar o que a gente recebeu da cidade anteriormente, mas pode ser feita essa indagação aos próprios patoenses”, disse Dinaldinho.

Dinaldo disse que o seu mantado foi tomado no tapetão e criticou as diversas obras inacabadas existentes no município de Patos após o seu afastamento, além de supostas irregularidades cometidas pelos em períodos que não esteve no comando administrativo do município.

Desde sua saída, Patos já vivenciou os períodos administrativos de Bonifácio Rocha, (De 15-8-2018 a 4 de abril de 2019), Sales Junior ( De 5 de abril a 20 de agosto de 2019, e Ivanes Lacerda, de 23 de agosto de 2019 até os dias atuais.

A Operação Cidade Luz

As medidas cautelares diversas da prisão foram impostas ao prefeito denunciado pela prática dos delitos de fraude em licitação, peculato e organização criminosa na Operação Cidade Luz que investiga crimes praticados por ele e mais 12 pessoas ligadas à sua administração em Patos.

Eles são acusados de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos, fraude em licitação e lavagem de capitais.

A investigação mostrou que, em 10 meses, a organização criminosa obteve um enriquecimento ilícito de mais de R$ 739 mil, desviados de contratos firmados com a Prefeitura de Patos, no montante de R$ 1,3 milhão. Após o afastamento de Dinaldo, o vice-prefeito Bonifácio Rocha (PPS) foi elevado à condição de interino, mas renunciou ao cargo posteriormente.

Vicente Conserva – Portal 40 Graus

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