Padre José Gilmar (Foto: reprodução)
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A assessoria de imprensa da Arquidiocese da Paraíba confirmou na tarde desta segunda-feira (26) que o padre José Gilmar Moreira, que ficou desaparecido por três dias e forjou um sequestro, pediu afastamento da Igreja para tratar de saúde mental.

Durante a manhã, o superintendente da Polícia Civil, Luciano Soares, informou que o religioso forjou um sequestro por supostamente está sendo vítima de extorsão. Ele deve ser indiciado por falsa comunicação de crime.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da Arquidiocese paraibana, não há informações sobre o destino do padre Gilmar, mas sabe-se que ele não está na Paraíba. Ele se afastou das funções sacerdotais por questões de saúde. O padre atuava na Igreja Santa Terezinha, no bairro do Roger, em João Pessoa.

A Arquidiocese também não se prenunciou sobre o sequestro forjado pelo padre, e explicou que o caso está sendo analisado pelo setor jurídico da instituição para posterior posicionamento.

Entenda o caso

O padre Gilmar desapareceu no último dia 13, após enviar uma mensagem pedindo “socorro” a um amigo. Ele foi encontrado três dias depois, um pouco desorientado caminhando às margens de uma estrada perto de Jacumã, e foi reconhecido por Agenor Lima Rocha, amigo da vítima que acompanhava a polícia.

“A gente passou por ele, eu e um um agente da Polícia Civil, e ele não deu sinal pra gente. Ele só foi localizado porque em outra viatura havia uma pessoa que trabalhava com ele na paróquia e o reconheceu”, contou o delegado.

Ao ser encontrado, padre abraçou amigo e chorou. “A gente tinha muita dúvida do que tinha acontecido. A polícia ficou o tempo todo ao nosso lado, o tempo todo nos auxiliando, pra ver se a gente conseguia alguma notícia, e graças a Deus foi a melhor possível”, acrescentou.

Após ser resgatado, o padre foi levado para a Central de Polícia, em João Pessoa, onde prestou esclarecimentos e recebeu atendimento médico.

Segundo Luciano Soares, As informações passadas pelo padre, em depoimento, tinham diversas falhas, segundo o delegado Luciano Soares. O padre afirmou que estava sendo extorquido e não queria usar o dinheiro ao qual ele tinha acesso na igreja para fazer o pagamento, no novo depoimento.

Ele disse ter medo de que algo pudesse acontecer com ele e que, por isso, não teria procurado a polícia. O prazo para o pagamento dos R$ 50 mil seria às 14h do dia 13 de outubro e, antes do horário, ele decidiu dirigir em direção ao Litoral Sul e tentar se afogar na praia de Coqueirinho.

O caso da suposta extorsão, na qual eram pedidos R$ 50 mil ao religioso, deve seguir em investigação pela Delegacia de Roubos e Furtos. Por isso, o motivo do crime ainda não foi divulgado.

Jornal da Paraíba

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