João Alberto Silveira Freitas (Fotos: reprodução)
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Um homem negro foi espancado e morto por dois seguranças brancos em um supermercado Carrefour em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite desta quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra (nesta sexta, 20).

O espancamento de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi filmado por testemunhas.

Os dois suspeitos foram presos em flagrante. O policial militar Giovani Gaspar da Silva, de 24 anos, foi levado para um presídio militar. Magno Braz Borges, de 30 anos, segurança da loja, está em um prédio da Polícia Civil. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.

O advogado de Magno Braz, William Vacari Freitas, disse que não vai se posicionar sobre o caso, no momento. O G1 tenta contato com a defesa de Giovane.

De acordo com a Polícia Federal, um deles não possuía o registro nacional para atuar na profissão, mas não informou, no entanto, qual dos dois. O segundo homem tinha o documento registrado. Segundo a nota da corporação, a carteira será suspensa.

Ambos são funcionários de uma empresa terceirizada, a Vector Segurança. A reportagem entrou em contato, e aguarda retorno. A PF ainda confirma que a empresa de segurança responsável pelo supermercado tem cadastro regular e foi fiscalizada em agosto deste ano.

A Brigada Militar, como é chamada a Polícia Militar no Rio Grande do Sul, informou que o espancamento começou após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do supermercado, que fica na Zona Norte da capital gaúcha. A vítima teria ameaçado bater na funcionária, que chamou a segurança.

Ainda não se sabe o que deu início às agressões.

“A esposa [da vítima] referiu que eles estavam no mercado fazendo compras, que o marido fez um gesto, que ela não soube especificar, para a fiscal. E ele teria sido conduzido para fora do mercado”, destaca a delegada Roberta Bertoldo.

O Carrefour informou, em nota, que lamenta profundamente o caso, que iniciou rigorosa apuração interna e tomou providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente.

A rede, que atribuiu a agressão a seguranças, também chamou o ato de criminoso e anunciou o rompimento do contrato com a Vector, empresa de segurança que responde pelos funcionários agressores. (Veja a íntegra da nota ao final da reportagem).

O G1 tenta contato com a Vector e com os advogados dos dois vigilantes. Segundo a Polícia Federal, a empresa tem registro da Polícia Federal para prestar os serviços de segurança privada, mas que um dos homens envolvidos no crime não tinha cadastro como vigilante.

Também em nota, a Brigada Militar informou que o PM envolvido na agressão é “temporário” e estava fora do horário de trabalho.

Segundo o comunicado, as atribuições dele na corporação são limitadas à “execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento” e “guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos”. A Brigada não informou o que ele fazia no mercado.

Veja a matéria completa no G1 RS.

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