Segundo os estudiosos da Bíblia, longevidade aqui na Terra é sinal de bênçãos do céu. Baseado nessa informação, podemos dizer que o senhor João Rodrigues de Lima, de Santa Terezinha, na Região Metropolitana de Patos, é de fato um senhor muito abençoado, pois neste sábado (28) ele está comemorando 100 anos de vida. Um século de história, ele que morou por muito tempo na comunidade São Gonçalo, na região de Santa Terezinha, e que hora mora com uma de suas filhas na cidade.
A fala já não é a mesma, mas a consciência continua, pois segue na missão, ele que é agricultor, que foi um dos primeiros funcionários públicos de Santa Terezinha. Seu João é mais conhecido por João Camboim, mas o apelido é dos amigos mais antigo.
A família está muito alegre, pois conseguiram comemorar os 100 anos de Seu João, que é motivo de honra para os filhos, netos e bisnetos. Seu João tinha a sua moto, e até os 92 anos, sempre usava para a visitar os seus parentes na cidade e na zona rural.
Uma verdadeira dádiva de Deus, nos dias de hoje comemorar essa data tão expressiva, ainda mais com relativa saúde. É verdade que o cuidado, o zelo da família, o fizeram chegar até aqui, como também sua genética.
A família de João Camboim enviou ao Blog do Jordan Bezerra um resumo de sua história de superação e dedicação, e fica aqui uma homenagem ao seu João pela longa história de vida:
História centenária
Em 28/11/1920, nascia João Rodrigues de Lima, santerezinhense, filho dos saudosos Joaquim Rodrigues de Moura e Francisca Maria de Lima. Esse cidadão teve sua vida marcada com a dura realidade imposta a uma família camponesa desprovida de recursos materiais, onde a sobrevivência advinha da agricultura, em uma região castiga por intensas estiagens.
Nesse cenário, a seca e a dificuldade para estudar sobressaiam. Mesmo assim, aprendeu a ler e a escrever, algo raro naquela época. Aos 21 anos, a vida pacata no campo, logo seria marcada pela incerteza e o medo. Agosto de 1942, submarinos alemães e italianos afundam navios brasileiros. O país entra na Segunda Guerra Mundial. A tensão toma conta dos lares habitados, sobretudo por homens em idade militar. As orações se intensificam e apenas um dos irmãos de João é sorteado para ir ao combate, mas sequer sai do país e retorna ao convívio familiar.
Já no auge da maturidade, João casa-se com Maria Alves e nascem Anunciada, Luís e Francisco. Em janeiro de 1962, a agricultura deixa de ser a única fonte de renda, João começa a trabalhar na prefeitura de Santa Teresinha, aliás, um dos pioneiros no serviço público daquele município, onde permaneceu de janeiro de 1962 a dezembro de 1996 sempre no cargo de procurador fiscal. Em meados de 1965, fica viúvo e o mundo desmorona, sozinho e com a missão de criar 03 crianças pequenas.
O tempo passa, João contrai nova união, com Irene Medeiros surgem os filhos Lúcia e Cesário. A velhice chega e também as percas de entes queridos. Infelizmente, os irmãos – José, Severino, Maria, Francisco e Joaquina falecem ao decorrer dos anos. Morre também Irene. Novamente viúvo, de idade e saúde avançada deixa de residir no sítio Pitombeira e passar a morar no São Gonçalo, nesse lugar, a pedido de seu primeiro neto, o catequista Luiz Júnior, doa o terreno onde está construída a Capela da comunidade.
E hoje, só agradeço a Deus pelo legado que meu avô constituiu, ao longo desses 100 anos de vida, sempre pautado na defesa de valores cristãos, familiares e morais. Que Jesus sempre o abençoe com muita saúde, paz e longevidade.
Anunciada, Luís, Francisco, Lúcia e Cesário (filhos); Luiz Júnior, Luciano, Lucivanio, Juliane, Jucilene, Maria Julia, Luís Filho, Micael, Graziela, Luzia Maria, Caique e Artur (netos); Maria Gabrielly (bisneta).
