Ricardo ora antes do começo da partida do Vasco Foto: Marcello Fim/Zimel Press/O Globo
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Era o segundo tempo da partida na Neo Química Arena quando o banco de reservas do Vasco gritava para os jogadores em campo: “coragem, coragem”. É isso que o cruz-maltino precisa daqui para frente porque está virtualmente rebaixado para a Segunda Divisão, depois do empate em 0 a 0 com o Corinthians. Mas o recado nem serve tanto assim para os jogadores, que vão e vem, que seguirão suas vidas, dentro ou fora de São Januário, na próxima temporada. Será preciso coragem dos dirigentes, para tentar reverter o processo de decadência que parece irreversível. Será preciso coragem da torcida, para se manter presente, mesmo diante da quarta queda para a Série B.

Coragem para lidar com o status novo, de tradição gigante, mas de realidade pequena, de clube que precisa arrumar a casa, não importa o tempo que leve, o que talvez signifique passar mais de uma temporada na Segunda Divisão.

Coragem para exorcizar quantos fantasmas forem necessários para encontrar o mínimo de estabilidade institucional que permita alcançar a cada vez mais distante grandeza histórica.

Para conseguir o milagre de seguir na Série A, o Vasco precisa derrotar o Goiás, o Fortaleza perder para o Fluminense, e o time da Colina tirar uma diferença de 12 gols de saldo em relação à equipe nordestina.

O jogo

Neste domingo, o Vasco enfrentou um adversário dos mais fáceis, em comparação às últimas rodadas. O Corinthians não é dos mais fortes times do Brasileiro e ainda por cima entrou com o nível de motivação de quem não confia mais na chance de alcançar vaga na Libertadores.

Por isso, o time da Colina conseguiu passar menos sustos do que em outros jogos. Ainda assim, só o empate não era suficiente. E a dificuldade para jogar com a bola apareceu mais uma vez. O Vasco até que conseguiu dividir com o Corinthians o controle das ações, mas a capacidade de criar chances de gol foi pequena.

No primeiro tempo, Léo Matos foi a melhor alternativa ofensiva, mas suas idas ao ataque não se transformaram em chance de gol. A melhor veio no segundo tempo, quando um cruzamento errado de Carlinhos estourou no travessão. Fora isso, não teve abafa, não teve drama. O Vasco ficou virtualmente rebaixado para a Série B muito antes do empate na Neo Química Arena.

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