Imagem ilustrativa/Foto: arquivo/WSCOM
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A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deve abrir na terça-feira (23) uma consulta pública para discutir proposta sobre os valores em 2021 das chamadas bandeiras tarifárias, que geram custos adicionais na conta de luz quando a oferta de energia no sistema é menor.

Criadas em 2015, as bandeiras passam a representar a cobrança de um valor extra para os consumidores quando saem do nível verde para o amarelo ou o vermelho, o que ocorre de acordo com as condições de geração de energia no país.

Uma proposta preliminar da área técnica da Aneel aponta para possível aumento de 10% na cobrança adicional associada à bandeira vermelha e de 21% para a bandeira vermelha nível 2, a última prevista pelo mecanismo tarifário, segundo documento visto pela Reuters.

Já a bandeira amarela teria redução de 26%, de acordo com a sugestão dos técnicos, que será levada para apreciação da diretoria da agência na terça-feira. Os diretores discutirão a possível abertura de uma consulta ao público sobre a proposta, segundo a pauta do regulador.

Atualmente, as tarifas estão no patamar amarelo —que gera uma cobrança extra de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora consumidos ( R$ 13,43 por MWh). Pela proposta da área técnica que será discutida pela Aneel, o valor mudaria para R$ 0,996.

A bandeira vermelha 1, atualmente de R$ 4,169 a cada 100 kwh, iria para R$ 4,599. O segundo nível da bandeira vermelha teria o maior aumento, de R$ 6,243 para R$ 7,571, segundo nota técnica da Aneel.

A discussão sobre o valor das bandeiras na conta de luz para 2021 vem em um momento em que a agência e especialistas já apontam para a possibilidade de elevação das tarifas de energia acima da inflação neste ano, mesmo após medidas recentes do governo que visaram aliviar reajustes no setor.

O tema chegou a entrar no radar do presidente Jair Bolsonaro, que disse a apoiadores no final de fevereiro que seu governo iria “meter o dedo” no setor elétrico, visto como “problema” devido à expectativa de aumento de custos.

Reuters

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