Público da reunião de encerramento da campanha em Patos
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O Sertão paraibano tem potencial para ampliar a doação de órgãos e os hospitais da região poderão, em breve, se transformar em instrumentos fundamentais desta ação que salva vidas e possibilita que a vida continue. Essa afirmação foi feita nesta quinta-feira (23), pela enfermeira e coordenadora de Ações Estratégicas da Central de Transplante da Paraíba, Rafaela Carvalho, durante o encerramento da XXI Campanha Estadual do Setembro Verde. A ação, que passou pelas cidades de Cajazeiras, Sousa, Pombal e foi encerrada em Patos, buscou estimular e sensibilizar gestores da área de saúde para a ampliação das doações de órgãos e tecidos para transplante. Atualmente, mais de 600 pessoas estão na fila de espera de coração, fígado e córnea e o Governo do Estado trabalha para zerar essa fila que só pode ser diminuída com o apoio de toda a sociedade.

“Somente a família tem o poder de autorizar a doação e, quando a família diz sim, a vida continua. A doação salva vidas”, reiterou Rafaela Carvalho para uma plateia composta por diretores de serviços de saúde de Patos, chefes e coordenadores de enfermagem, técnicos das três unidades de saúde do município e secretários de saúde das 24 cidades que compõem a 6ª Região de Saúde. Além dela, integraram a equipe do Governo do Estado, o enfermeiro coordenador do Núcleo de Transplantes, Sérgio Ferreira, e a psicóloga, Rita de Cássia Dias do CET/PB.

Para o diretor geral do Complexo de Patos, Francisco Guedes, gestor da unidade que é referência para mais de 60 municípios da região, o evento foi bastante esclarecedor. “Essa ação foi fundamental para ajudar a despertar nos agentes de saúde do sertão da Paraíba a consciência da importância da doação de órgãos e mais que isso, foi um estímulo para que todos nós, gestores de hospitais se envolvam mais nesse processo e ajude o Estado, como um todo, a dar celeridade aos transplantes de órgãos criando mecanismos internos para ajudar nessa captação e contribuir com esse processo que, efetivamente, salva vidas”, declarou Francisco.

Ele enalteceu que, em Patos, a união de todos os gestores de unidades estaduais será de grande relevância para que essa ação ganhe forma e efetividade. “Juntamos, em um único momento, toda a rede hospitalar da 6ª Região, um fato inédito e muito bom”, reiterou Francisco. Segundo ele, o próximo passo agora é que os hospitais de referência no sertão, a partir de cada direção e dentro de sua própria capacidade estrutural, organize o projeto interno para captação de órgãos. “No Complexo vamos, inicialmente, definir uma equipe de trabalho para que possamos, a partir daí, montar nossa estrutura de captação de órgãos”, disse Francisco, lembrando da importância que teve esse trabalho de sensibilização e conscientização. “A conscientização das equipes de saúde sobre a doação de órgãos foi fundamental para nos estimular a trabalhar para aumentar o número de doadores e contribuir para promover a recuperação da saúde das pessoas que estão aguardando esse gesto de solidariedade”, finalizou Francisco.

Sobre doação de órgãos

Os órgãos do doador só podem ser retirados após o óbito, se a família dele informar ao hospital o desejo de doar ou entrar em contato com a Central de Transplante. Mesmo o doador manifestando em vida o desejo de doar, somente a família pode autorizar o processo de retirada dos órgãos. Vários órgãos podem ser doados: cartilagem, coração, córnea, fígado, intestino, medula óssea, ossos, pâncreas, pele, pulmão, rim e válvula. A sede da Central de Transplantes da Paraíba funciona no prédio anexo ao Hospital de Trauma. Os telefones para entrar em contato são 3244-6192, em João Pessoa e 3310-9252, em Campina Grande.

Assessoria

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