Compartilhe!

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prisão preventiva do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, alvo de duas investigações na Corte. A ordem de prisão, que tem prazo indeterminado, foi emitida no último dia 5 e veio a público hoje.

Moraes agiu a pedido da PF (Polícia Federal) no inquérito das milícias digitais, que apura a atuação de grupos na internet contra a democracia e as instituições.

No dia 16 de setembro, a PF pediu a prisão com o argumento de que o influenciador “prossegue praticando crimes” nos Estados Unidos, para onde se mudou há mais de um ano.

Segundo apurou o UOL, Santos terá o nome incluído na difusão vermelha da Interpol, voltada a localizar foragidos no exterior. Moraes também acionou as autoridades americana para que o influenciador, dono do site Terça Livre, seja extraditado.

O influenciador foi uma das 66 pessoas indiciadas no relatório final da CPI da Covid. Apontado como propagador de fake news prejudiciais no combate à pandemia, Santos foi enquadrado no relatório por incitação ao crime, que prevê de três a seis meses de prisão e multa.

A ordem de Moraes pela prisão do blogueiro foi comemorada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid. No Twitter, o parlamentar escreveu que a prática de fake news “também matou muitos brasileiros”.

As investigações

A PF investiga Santos no inquérito das fake news, que corre desde 2019, e o das milícias digitais, aberto em julho para apurar a existência de uma organização criminosa que visa atentar contra a democracia.

Este último foi aberto após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, e foi prorrogado neste mês por mais 90 dias. Além de prolongar as investigações, Moraes também determinou a suspensão da conta de Santos no Twitter.

No começo do mês, reportagem da Folha de S.Paulo revelou que Santos usou uma estagiária do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski como informante.

Blogueiro é apontado em investigação da PF como integrante de milícias digitais contra a democracia e as instituições.

UOL

Deixe seu comentário