A proposta de criação do Instituto Federal do Sertão da Paraíba (IFSPB), fruto do desmembramento do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), começou a ganhar mais densidade após audiência do deputado federal Wilson Santiago com o ministro da Educação Milton Ribeiro na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados na quarta-feira, 20/10.
O processo de criação do novo instituto estava travado na pasta e a união da bancada paraibana foi importante para que a nova instituição ficasse a um passo de ser incluída no pacote de reordenamento proposto pelo MEC. No final da audiência, o ministro Milton Ribeiro orientou o deputado a conseguir o apoio da bancada federal na Paraíba. Assista:
Cajazeiras, Patos e Sousa assumem hoje o protagonismo das cidades que irão ganhar com a chegada do novo Instituto Federal, alavancando o crescimento do ensino, da pesquisa e da extensão, voltados principalmente para os Arranjos Produtivos Locais (APL), potencializando o desenvolvimento social e econômico do Sertão paraibano.
O processo de interiorização da educação tecnológica vai garantir novas oportunidades para os jovens e adultos, que precisam de qualificação profissional voltados para as áreas que hoje demanda grande carência no mercado de trabalho, como por exemplo as áreas de tecnologia da informação, energia renovável, saúde, robótica, sustentabilidade e meio ambiente, são tecnologias que o Instituto Federal de Educação e Tecnologia da Paraíba (IFPB) já vem oferecendo através dos cursos técnicos e tecnológicos instalados nos Campi que pela proposta de reordenamento do Ministério da Educação comporão o novo Instituto Federal do Sertão Paraibano (IFSPB), veja o quadro abaixo:
Nº | Campus | Cursos Técnicos e Tecnológicos |
01 |
Cajazeiras |
Desenho de Construção Civil, Edificações, Eletromecânica, Informática, Meio Ambiente, Segurança do Trabalho, Análise e Desenvolvimento de Sistemas – ADS, Automação Industrial, Computação e Informática, Engenharia Civil, Engenharia de Controle e Automação e Licenciatura em Matemática |
02 | Catolé do Rocha | Edificações |
03 | Itaporanga | Edificações e Informática |
04 | Monteiro | Análise e Desenvolvimento de Sistemas – ADS, Construção de Edifícios, Música, Informática e Edificações |
05 | Patos | Engenharia Civil, Eletrotécnica, Informática, Edificações, Segurança no Trabalho e Higiene Ocupacional |
06 | Princesa Isabel | Controle Ambiental, Edificações, Informática, Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, Ciências Biológicas e Gestão Ambiental |
07 | Picuí | Edificações, Eletrônica, Geologia, Informática, Mineração, Segurança do Trabalho, Agroecologia e Letras |
08 | Santa Luzia | Energias Renováveis e Informática |
09 |
Sousa |
Ciências Agrárias, Agroindustriais, Agroecologia, Educação Física, Medicina Veterinária, Química, Informática, Meio Ambiente e Segurança no Trabalho |
O Sertão paraibano carrega em sua terra grande potencial econômico, que será fortalecido através da criação do Instituto Federal do Sertão da Paraíba. Seja para Patos, com a vocação de energias limpas e renováveis (eólica e solar), calçados, extração de óleos vegetais e beneficiamento de algodão e cereais, riqueza mineral, com jazidas de mármore cor-de-rosa e ocorrências de ouro, ferro, calcários e cristal de rocha. Seja para o Alto Sertão, para as cidades de Cajazeiras e Sousa, onde estão sendo beneficiadas pela transposição do Rio São Francisco e tem vocação para a pecuária, a produção de coco e leite, alavancando o desenvolvimento da produção agroindústria da região.
O surgimento do Instituto Federal do Sertão Paraibano (IFSPB) será de grande impacto educacional na vida dos jovens sertanejos, pois vai potencializar o desenvolvimento econômico e social, através dos Arranjos Produtivos Locais (APL), agregando novos cursos tecnológicos, valorizando a agricultura, a energia renovável, a mineração, as engenharias e a tecnologia da informação. Com a chegado do IFSPB, nasce a esperança de uma educação de qualidade, voltado para o potencial do Semiárido, que tem abundância em Sol e ventos, sua terra é rica na agricultura, agropecuária e mineração.
Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com