Pastor Arilton Moura, apontado como lobista em 'gabinete paralelo' no MEC (Imagem: Luiz Fortes/MEC)
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O pastor Arilton Moura, apontado como um dos líderes do gabinete paralelo no MEC (Ministério da Educação), ligou para seus advogados logo após ter sido preso pela PF (Polícia Federal) e levado à sede da corporação no Pará. Na conversa, o religioso disse que iria “destruir todo mundo” se o caso chegasse a sua família, e pede que a equipe de defesa tranquilizasse a esposa.

“Eu preciso que você ligue para a minha esposa… acalme minha esposa… porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo”, disse. O trecho do diálogo, e que consta nas investigações, foi divulgado hoje pelo jornal O Globo.

A Operação da Polícia Federal “Acesso Pago”, que culminou com a prisão de Milton Ribeiro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, apura suspeitas de corrupção e tráfico de influência na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

Os pastores, que não tinham cargo no MEC, são acusados de montar um “balcão de negócios” dentro da pasta ao supostamente cobrar propinas de prefeitos em troca de liberação de recursos do FNDE. O caso foi revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Os pedidos de propina incluíam ouro, além de outros favores.

Os pastores possuem 45 registros de entradas no Palácio do Planalto, na sede da Presidência da República, entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022. Ao todo, os registros representam 35 visitas, pois em dez ocasiões, ambos os pastores estiveram juntos no Planalto. A relação de entradas e saídas dos dois foi divulgada em abril pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional). (Entenda as suspeitas clicando aqui)

Procurada pelo UOL, a defesa de Arilton Moura não se manifestou.

Veja a matéria completa no UOL.

UOL

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