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O status de celebridade é mantido à base de aparições midiáticas. Não importa, ao que parece, se em alta ou baixa de prestígio e escassez material.

No primeiro caso, o “célebre”, em seu estágio de superexposição, recebe os paparicos da mídia e, sob uma assessoria minimamente competente, administra a regularidade das aparições. No segundo caso, os “decadentes iluminados” criam para si a “couraça espalhafatosa” que vai chamar atenção ou ainda dão um jeito de compor, com alguns movimentos repetitivos, a “pauta de interesse permanente” da mídia.

Para ser celebridade de qualquer estirpe é necessário navegar nas ondas da mídia, buscar por algum modo a extensão daqueles 15 minutos de fama. Para isso, a mostra da própria penúria e desgastes físicos, os histrionismos sociais e exabundismos de toda ordem são um prato feito para “aparecer” de vez em quando e dar o ar da graça pra galera da geral. E não são poucos os casos.

N.B é uma atriz, baiana, penso. Perdi as contas de quantas matérias já li a respeito de tal, todas com a mesma balada: dificuldades financeiras e falta de reconhecimento de seus talentos. O pior é que ela é talentosa.

N.T, atriz carioca. Sua pauta se assenta sempre no bordão do desemprego e dos múltiplos meios de vida que vai colecionando. Uma hora vendendo cocos, noutra picolés. O maior papel da vida foi ser filha da personagem principal na famosa série de uma produção de antanho intitulado ‘Malu Mulher. Talentosamente sofrível a dita cuja, digo.

Caminho similar foi traçado por M.G., um troglodita canastrão, com ares de galã, regurgitado pelos novelões e, ultimamente, realizando aparições de paladino da família, da pátria, da religião e outros quinhões de tez reacionária e tentando uma vaguinha de deputado. G. e F.J exageraram na quantidade de casamentos. Não saem de pauta jamais.

A.G e outros tantos se especializaram em outro expediente atrativo: a prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia. Há ainda um outra categoria a dos “decadentes do rock” que, além de ressaltar sempre que podem, seus dados biográficos tortos, dotes intelectuais e discografia chinfrim, se acostam a ideias reaças e cospem veneno a cada réstia de holofote que os ilumine.

Até aqui chegou minha pesquisa, recorrendo às lembranças mais superficiais. Gostaria de ter mais dados para melhor ilustrar esse lero, mas acho que basta enquanto crônica ligeira e bastante sujeita a equívocos.

Edson de França

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