O empresário Osmar Wichoki, 56, morreu após bater o Fiat Cargo Boiadeiro na traseira de uma carreta parada no bloqueio feito por bolsonaristas na BR-364, na região do Trevo do Lagarto, em Várzea Grande (MT), na noite de ontem. Informações preliminares são de que Osmar não viu o veículo de carga parado por falta de sinalização, batendo de frente com ele.
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados quando o empresário estava preso às ferragens, ainda com vida. No entanto, ele teve uma parada cardíaca e não resistiu. A morte foi constatada ainda no local da colisão.
Chovia no momento do acidente e Osmar estava voltando para casa depois de um dia de trabalho. No Facebook, a irmã do empresário se posicionou criticamente contra as manifestações.
“Por causa desses protestos nojentos que estão acontecendo no país hoje, perdi meu irmão que foi meu pai. Meu irmão. Meu confidente. Meu herói. Meu orgulho. Meu tudo. Te admiro muito meu mano, saiba onde você estiver que você é e sempre sera o meu mano lindo. Infelizmente um caminhoneiro irresponsável com as luzes apagadas em um bloqueio, no escuro, sem sinalização nenhuma e debaixo de muita chuva, tirou a vida do meu irmão”, publicou Elizete Pinto.
A irmã de Osmar ainda pediu que os manifestantes “tenham compaixão” para interromper os protestos antes que mais vidas sejam perdidas. O empresário também era diretor financeiro da Asmat (Associação de Supermercados de Mato Grosso). Ele deixou esposa e dois filhos.
“Infelizmente, hoje esse sonho acabou. Tudo acabou. Ele não volta mais para casa, para família que ele amava. Para os mercados e para os amigos. Meu irmão, não sei como vou ficar aqui sem você… Deus me dê forças”, lamentou Elisete.
Os protestos feitos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais do último domingo (30), afetam também rodovias por todo o Brasil e causaram o cancelamento de ao menos 25 voos que deveriam partir do maior aeroporto do país.